PIB não deve ser régua para medir bem-estar social, alerta economista

"OPIB é uma ferramenta para nos ajudar a medir o desempenho econômico. Não é uma medida do nosso bem-estar. E não deveria ser referência para todas as decisões", afirmou o economista britânico Michael GGreen, criador do conceito do IPS – Índice de Progresso Social. Ao apresentar pesquisa, o economista indicaou que "o Brasil está próximo aos países mais desenvolvidos, em termos de IPS". 

O Brasil está próximo aos países mais desenvolvidos

Segundo ele, "o bem-estar de uma nação pode, portanto, ser deduzido grosso modo a partir da medida da renda nacional como definido acima". E completa: "as sociedades se tornaram mecanismos para gerar mais PIB".

No entanto, o movimento econômico revela um mundo onde o PIB é a referência para o sucesso numa economia global. Setores sociais vibram quando o PIB sobe. Os mercados movimentam-se e trilhões de dólares de recursos movimentam-se ao redor do mundo baseados em quais países estão subindo e quais países estão descendo, tudo medido com o PIB. 

Caso brasileiro

De acordo com sua pesquisa, o Brasil está fazendo um bom trabalho de conversão de PIB em progresso social. Mas para onde vai o Brasil depois? Digamos que o Brasil adote um plano econômico ousado de dobrar o PIB na próxima década. 

Mas não é só isso, explicou o pesquisador. "O Brasil tem que priorizar o progresso social em seu plano de desenvolvimento e perceber que não se trata somente de crescimento, mas sim de crescimento com progresso social. E é isso que o Índice de Progresso Social faz: ele reformula a discussão sobre desenvolvimento, não somente sobre PIB, mas inclusive, crescimento sustentável que traga progresso real às vidas das pessoas. E não se trata somente de países".

Da Redação
Com informações do Brasil247