Haddad vai estender Bolsa Família a estrangeiros em SP

A cidade de São Paulo será a primeira capital do país a incluir estrangeiros no Programa Bolsa Família. Segundo o prefeito Fernando Haddad, serão pagos R$ 77 a cada um dos cerca de 50 mil haitianos, bolivianos, africanos, paraguaios, dentre outras nacionalidades, que vivem na capital em extrema pobreza.

Bolivianos em São Paulo - Danilo Ramos/RBA

Dados oficiais indicam que 360 mil estrangeiros vivem na cidade. A Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Prefeitura admite que esse número pode chegar a um milhão de pessoas.

O secretário Rogério Sottili, afirmou que não é uma questão de piedade apenas. Há interesse do Executivo local que os imigrantes se desenvolvam e produzam para o crescimento da capital.

“Para isso, é necessário dar um mínimo de condições”, argumentou. Para se ter uma ideia, somente entre 2010 e este ano, mais de sete mil haitianos migraram para o Brasil, após uma sucessão de catástrofes naturais e epidemias naquele país. Boa parte deles reside na capital paulista e no interior do estado.

Para ter direito, o estrangeiro deverá se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal e terá de cumprir as mesmas obrigações dos brasileiros que recebem o Bolsa Família, como manter os filhos na escola e seguir o calendário de vacinação.

A coordenadora adjunta de Políticas para Migrantes de São Paulo, Camila Baraldi, afirmou que o cadastramento é uma oportunidade para conhecer o perfil de todos os estrangeiros, bem como o de regularizar a situação legal.

“Vamos conhecer melhor o perfil desses estrangeiros”, disse Camila.

Os interessados poderão se inscrever no CadÚnico a partir da próxima semana, durante o Festival de Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura. O evento terá como tema “Cidadania nas Ruas 2014”.

Fonte: Agência PT de Notícias