Deputada comemora registros de expressões culturais pelo Iphan 

“Tem grande significado o Estado brasileiro reconhecer essas manifestações como forma de expressão da cultura brasileira”, disse a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) em sua saudação ao Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na reunião que aprovou o registro do Maracatu Nação, do Maracatu Baque Solto e do Cavalo-Marinho como Patrimônio Cultural do Brasil. O pedido de inclusão foi feito pela Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco. 

Deputada comemora registros de expressões culturais pelo Iphan

“É papel de todos nós fazer valer a identidade do povo brasileiro e estejam certos que essa decisão terá como rebatimento o fortalecimento dessas expressões”, continuou Luciana, para quem a manutenção dessas expressões culturais é fruto da perseverança e do esforço daqueles que fazem a cultura permanecer viva, cuidando e passando as tradições através das gerações.

Ela citou como exemplo o mestre Salustiano, em seguida saudou seu filho Manoelzinho Salustiano, que também estava presente à reunião, além do mestre Grimário e Fábio Sotero, representantes dos maracatus e do cavalo-marinho.

“Sou testemunha do quanto esses homens e mulheres persistem e procuram fazer valer essa tradição com a força da sua paixão, das suas convicções, das suas ideias”, comentou.

A deputada, que é presidenta da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura, também parabenizou o secretário Marcelo Canuto pelo trabalho e pelo esforço e lembrou o empenho do ex-governador Eduardo Campos (falecido) para a manutenção das tradições culturais.

“Há um patrimônio e uma cadeia cultural muito rica em torno dessas expressões que foram aprovadas hoje por esse conselho. Por isso vamos comemorar esse momento com muita alegria, pelo fato histórico que é, e por tudo que representa para nós pernambucanos e brasileiros”.

A 77° reunião do Conselho Consultivo começou nesta quarta-feira (3) e prossegue hoje (4) na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Também estão sendo analisados registros como Patrimônio Cultural da Tava Miri dos M’bya Guaranis e do Sitio São Miguel das Missões no Rio Grande do Sul.

Poderão ser tombados, ainda, a Coleção Geyer, do Museu Imperial de Petrópolis (RJ), o Acervo do Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte (MG) e o Terreiro Zogbodo Male Bogun Seja, de Cachoeira (BA).

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que avalia os processos de tombamento e registro, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 23 conselheiros que representam instituições como o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus (Ibram), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e mais 13 representantes da sociedade civil, com conhecimento nos campos de atuação do Iphan.

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Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Dep. Luciana Santos