Líder do PCdoB desmente oposição sobre mudança do superavit 

A líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que conduziu a bancada na longa sessão do Congresso que aprovou a mudança da meta do superavit primário, comemorou o resultado da votação, que coincidiu com a posição do Partido. “O PCdoB defende com convicção o PLN 36”, disse a parlamentar, avaliando os resultados da medida para a economia brasileira e desmentindo os discursos dos oposicionistas.

Líder do PCdoB desmente oposição sobre mudança do superavit - Agência Câmara

“Não é verdade o que está dizendo a oposição à sociedade brasileira. A redução do superavit é um debate há anos defendido pela esquerda, inclusive a sua inexistência há muito tempo. É bom que se diga que o Brasil é um dos poucos países no mundo que faz superavit primário. As chamadas maiores economias mundiais não fazem superavit, nem a China, nem os Estados Unidos, nem a Europa”, explicou Jandira.

Segundo ela ainda, “nós precisamos ter clareza de que hoje a redução do superavit deve ser feita em nome da manutenção de programas sociais, da manutenção do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), da manutenção do Minha Casa, Minha Vida, da manutenção de empregos”.

Ela lembrou que a alteração foi necessária porque a folha de salários e a indústria brasileira foi desonerada em R$ 75 bilhões como medida de enfrentamento aos efeitos da crise econômica mundial. “O objetivo do governo brasileiro foi estimular a indústria, não reduzir emprego, não reduzir massa salarial e garantir o desenvolvimento da estrutura brasileira.”

“Então, é mentira que essa alteração que o Congresso irá votar [votou] agride a Lei de Responsabilidade Fiscal ou que levará, como tem dito o candidato Aécio Neves, que ainda não saiu do palanque, ao desemprego”, explicou.

“Quero reafirmar aqui, pela bancada do PCdoB, que essa atitude [de aprovar a redução do superavit primário] é a correta para quem defende o Brasil, para quem tem compromisso com os trabalhadores brasileiros e com a sociedade brasileira. E alerto ainda mais, particularmente os partidos da oposição, os governadores e os prefeitos: se essa alteração não for feita, também paralisarão seus trabalhos, folha de salário, obras e repasses de recursos dos convênios para os seus governos e para os municípios”, enfatizou a parlamentar.

“Portanto, essa votação, acima de governo e oposição, é em defesa do Brasil, da continuidade e da viabilidade dos investimentos, do emprego e do salário para a União, para os estados e para os municípios”, conclui a parlamentar em seu discurso como liderança partidária durante a votação do projeto.

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De Brasília
Márcia Xavier