Dilma confirma equipe econômica: Levy, Barbosa e Tombini

Conforme esperado, a presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (27) três nomes da equipe econômica do seu segundo mandato.

Equipe econômica segundo mandato Dilma

Os nomes confirmaram as especulações dos últimos dias. Para o Ministério da Fazenda, a presidenta indicou Joaquim Levy. Para o Ministério do Planejamento, Nelson Barbosa. E Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, foi convidado a permanecer no cargo.

Os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) permanecerão nos cargos até que se conclua a transição e a formação das novas equipes de seus sucessores.

Na nota divulgada pelo Planalto, a presidenta agradeceu a dedicação do ministro Mantega, o mais longevo ministro da Fazenda do período democrático. “Em seus doze anos de governo, Mantega teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica internacional, priorizando a geração de empregos e a melhoria da renda da população”, diz.

Sobre a ministra Miriam Belchior, a nota destaca que ela “conduziu com competência o andamento das obras do PAC e a gestão do Orçamento federal”.

Os novos ministros fizeram um pronunciamento para apontar quais serão as diretrizes da política econômica a partir de 2015. A tônica dos discursos foi ressaltar que não haverá pacotes ou surpresas na área econômica e que as medidas serão tomadas no sentido de garantir os avanços sociais e econômicos. Ainda segundo a assessoria de Comunicação da Presidência, os integrantes da nova equipe vão despachar no Palácio do Planalto durante o período de transição.

Meta do superavit

O futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que a meta de superavit primário corresponderá a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano. Segundo ele, em 2016 e 2017, o setor público se comprometerá com uma meta de esforço fiscal de pelo menos 2% do PIB para assegurar a continuidade da redução da dívida líquida do setor público em relação ao PIB. 

“Em 2015, a melhora do superavit primário alcançada não deve permitir chegar ao valor de 2% do PIB. Deve-se trabalhar com meta de 1,2%, na forma das estatísticas do Banco Central. Para 2016 e 2017, a meta não será menor que 2% do PIB”, explicou Levy, destacando que vai buscar ser transparente na divulgação dos dados das contas públicas. “Alcançar essas metas [de superavit primário] é fundamental para ampliar confiança na economia brasileira. Isso permite ao país consolidar o crescimento econômico e melhorar as conquistas sociais realizadas ao longo dos últimos 20 anos”, completou ele.

Perfis

Alexandre Tombini é economista formado pela UnB e PhD pela Universidade de Illinois (EUA). É funcionário de carreira do Banco Central desde 1998 e, no fim de 2010, foi escolhido pela presidenta eleita para presidir o banco, a partir de 2011.

Joaquim Levy é engenheiro formado pela UFRJ e PhD em economia pela Universidade de Chicago (EUA). Foi secretário do Tesouro Nacional de 2003 a 2006. Também foi vice-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento e secretário da Fazenda do Rio de Janeiro no primeiro mandato de Sérgio Cabral. Desde 2010, trabalha no Bradesco Asset Management, divisão de gestão de recursos do Bradesco, onde ocupa atualmente o cargo de diretor-superintendente.

Nelson Barbosa é economista e professor. Formado em economia pela UFRJ e PhD pela New School for Social Research em Nova York (EUA), foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda de 2011 a 2013. Barbosa é professor titular da Escola de Economia de São Paulo da FGV, professor adjunto do Instituto de Economia da UFRJ e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV).

Fonte: Blog do Planalto e Agência Brasil
Alterado às 16h50 para inclusão de informações