FHC diz que seu salário de R$ 22,1 mil da USP não é alto, "é razoável"

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta segunda-feira (24) que a aposentadoria que recebe da Universidade de São Paulo (USP), de R$ 22,1 mil e acima do limite constitucional paulista, não é alta. O ex-presidente foi aposentado em 1968, com 37 anos, durante a ditadura militar. 

Ele, que está entre os cerca de 1.972 servidores da instituição estadual que ganham mais do que o teto, considera "razoável" seu ganho como aposentado.

Fernando Henrique, que está entre os cerca de 1.972 servidores da instituição estadual que ganham mais do que o teto, considera "razoável" seu ganho como aposentado. "Todo mundo reclama de salário e acha que seu salário é baixo", disse o ex-presidente, após um seminário na universidade na manhã desta segunda-feira (24). "O meu é razoável", completou.  

O ex-presidente respondeu aos jornalistas que não recebe acima do teto. Entretanto, na lista de servidores publicada no portal de transparência da USP, o seu salário é de R$ 22.150,94. Sobre a questão FHC disse: "Comparado com o que se ganha no setor privado, aí significa muito, porque a aposentadoria do INSS é muito baixa", opinou. "Não é da USP que é alta."

A definição dos salários do professor universitário, de acordo com o ex-presidente, deve seguir o critério meritocrático. "Quanto mais critérios objetivos, melhor", afirmou.

Depois de anos de pressões internas e externas, a reitoria da USP resolveu publicar nominalmente, a partir deste mês, os salários de cada um dos servidores. Entre quase 29 mil ativos e aposentados, 1.972 ganham acima do máximo legal.

A procuradoria jurídica da universidade alega que as remunerações além do limite incluem benefícios incorporados antes de 2003, ano de uma emenda constitucional que regulamentou salários no funcionalismo público. O Supremo Tribunal Federal, no entanto, decidiu em outubro no sentido contrário e que remunerações além do limite devem ser cortadas.

Com informações de O Estado de S. Paulo