Brasil pode investir parte do superávit primário pela 1ª vez

O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) disse que o governo pode investir uma pequena parcela do superávit primário (receitas menos despesas, excluídos os juros) a ser obtido neste ano. Assim como em anos anteriores, em 2006 a meta do superávit primário

Uma parcela desse superávit, de até 0,15% do PIB (Produto Interno Bruto), poderá neste ano ser aplicada de acordo com o PPI (Plano Piloto de Investimentos), que prevê que investimentos com retorno garantido feitos pelo governo brasileiro possam ser considerados parte do superávit primário. O ministro disse que se o Brasil usar mesmo o PPI o total de recursos que será economizado para o pagamento de juros da dívida pode ser equivalente a 4,10% do PIB.

 

O ministro afirmou que, desse total, o governo federal e as estatais deverão arcar com um superávit de 3,35% do PIB –ou 3,20% já descontado o PPI. Os Estados e municípios, por outro lado, não devem cumprir a meta para este ano, que é de 1,1% do PIB. Pelos cálculos do ministro, a economia desses governos deverá ser de 0,9%. O superávit primário ajuda a conter o crescimento da dívida pública. Para alcançá-lo, entretanto, o governo costuma cortar recursos para investimentos dos ministérios.

Com agências