Mais de sete pessoas por hora cometem suicídio nas Américas

O suicídio é uma das principais causas de morte, mas que podem ser prevenidas no continente americano. Os sistemas de saúde devem cuidar de questões associadas à conduta suicida, como a depressão e o abuso de álcool, recomenda a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), representação da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

idosos - Reprodução

Na região das Américas, as taxas de mortalidade por suicídio permaneceram relativamente estáveis durante 20 anos, entre 1990 e 2009. Em contrapartida, na América Latina e Caribe, se observaram incrementos nas taxas de suicídio totais e para cada sexo.

Mais de sete pessoas por hora põe fim à própria vida nas Américas como um todo, totalizando cerca de 65 mil suicídios ao ano, de acordo com a Opas/OMS, para a região. O relatório, Mortalidade por suicídio nas Américas se baseia nos dados de 48 países e territórios da região. Suas descobertas mostram que o suicídio é um problema de saúde relevante e uma das principais causas de morte que podem ser prevenidas no continente.

Nas Américas, no total, a taxa de suicídios é, no entanto, menor do que em outras regiões e do que a média mundial. Os índices variam conforme os países, a idade e o gênero, além de fatores culturais, religiosos e até legais.

Entre as sub-regiões, a América do Norte e o Caribe não hispânico têm as mais altas taxas de suicídio. Os homens têm quatro vezes mais probabilidade de morrerem por conta de suicídio em todos os países da região, ainda que o número de tentativas seja maior entre as mulheres. Entre todos os grupos etários, a frequência de tais ocorrências é maior entre pessoas com mais de 70 anos. Além disso, transtornos mentais podem estar associados a até 90% dos suicídios. A asfixia (39,7%), armas de fogo (33,3%) e o envenenamento (18,2%) são os principais mecanismos utilizados em nível regional para tirar a própria vida.

A diretora da Opas, Carissa F. Etienne, ainda enfatizou a importância da evolução dos sistemas de saúde para detectar e prevenir os problemas associados à conduta suicida, como a depressão e o abuso de álcool.

"Em todas as comunidades e em todos os serviços de atenção primária devemos identificar, monitorar e prestar atendimento a pessoas que estão em risco. Temos um cuidado especial com aqueles que já fizeram tentativas anteriores. Porém, impedir o suicídio não é apenas responsabilidade dos profissionais de saúde; comunidades, famílias, grupos religiosos e grupos sociais devem se envolver”, disse a diretora.

Fonte: Adital