Deputado quer aproveitar presença da ministra para votar LDO 

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, vai participar de audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO), na próxima terça-feira (11), para falar da proposta orçamentária de 2015, enviada pelo governo ao Congresso em agosto. O presidente da Comissão, deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), quer aproveitar a presença da ministra para votar o relatório preliminar do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2015. 

Deputado quer aproveitar presença da ministra para votar LDO - Agência Câmara

Nesta quarta (5), a reunião do colegiado foi mais uma vez cancelada por falta de quórum. Um dos itens da pauta era a votação do relatório preliminar do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2015.

O relator, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), deu parecer pela aprovação do texto do Executivo, com acolhimento de parte das emendas apresentadas por parlamentares. A aprovação do relatório abre prazo para apresentação das emendas à proposta orçamentária do próximo ano.

“Espero que a votação (do relatório preliminar) aconteça na presença dela. Quando vem um ministro, não deveria ser assim, a sessão fica mais cheia, e eu aproveito esse embalo para aprovar, em primeira votação. Ninguém pode ver um ministro que quer vir aqui para fazer um pedido. Infelizmente é assim”, afirmou o deputado.

Na avaliação de Devanir Ribeiro, a demora na votação do relatório preliminar da proposta orçamentária de 2015, que pelo cronograma da CMO deveria ocorrer em junho, não está relacionado ao resultado das eleições presidenciais de outubro.

“O Orçamento da União não é da oposição, não é da situação e nem do governo. O Orçamento é responsabilidade de nossa Casa. Nós, os senadores e os deputados, somos corresponsáveis com aquilo que acontece no País. Por isso, aprovamos o Orçamento e fiscalizamos a execução orçamentária. Essa é a primeira função nossa e o maior projeto que votamos nesta Casa, e em qualquer casa legislativa”, afirmou.

Devanir Ribeiro explicou que o governo fez a sua parte mandando para o Congresso a proposta orçamentária, cabe ao Congresso votar. “Os líderes têm a responsabilidade de articular. Se ninguém articula, quem paga o pato é o povo. É um dever nosso estar aqui, seja para votar favorável, contra ou se abster. Essa é a nossa função primordial. Já avisei a todos os líderes das bancadas, já comunicamos por escrito, já fizemos o que foi possível. Infelizmente, não temos conseguido êxito”, queixou-se.

Da Redação em Brasília
Com agências