Vencedor do Nobel da Paz defende replicação do Bolsa Família

O líder da Marcha Global Contra o Trabalho Infantil conhece bem o Brasil, onde se reuniu com o ex-presidente Lula no ano passado. Há 35 anos luta contra o trabalho infantil no seu País, onde salvou mais de 80 mil crianças desta mazela.

“Quando você fala do Brasil, você pode ver a minha cara. É como a minha segunda casa. Eu amo o País, eu amo o povo. Alguns dos meus melhores amigos são brasileiros. Eu acho que o Brasil é um bom exemplo. É um modelo que pode ser replicado. Há muitos esforços que precisam ser integrados: educação, luta contra o trabalho infantil, saúde, tudo pode ser convertido em um único esforço. Como o Bolsa Família, que pode ser utilizado em outros países”, disse Satyarthi.

Para a deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), que conhece o trabalho do indiano e considera “merecidíssimo” o Nobel dado a ele, o reconhecimento internacional do Bolsa Família é importante, sobretudo por partir de alguém que luta pelos direitos de crianças e mulheres.

“Vários países já replicaram ou têm interesse de replicar a experiência fantástica que é Bolsa Família. Esse reconhecimento é valioso, especialmente num momento em que a direita afirma que o Brasil é o pior dos mundos, enquanto o mundo olha com admiração para as experiências brasileiras”, cita a parlamentar.

Satyarth vai dividir o Nobel da Paz com a paquistanesa Malala Yousafzai. Com apenas 17 anos, ela ficou conhecida mundialmente após sofrer um atentado comandado pelo Talibã, por defender o direito das meninas do Paquistão a estudar. Os prêmios serão entregues aos dois no dia 10 de dezembro.

Da Redação em Brasília
Com PT na Câmara