O PMDB e a disputa à presidência da Câmara e do Senado

Como não há convergência sobre a indicação de Cunha em nenhum das forças no Congresso, os peemedebistas encontraram nesta questão uma forma de pressionar o governo para construir a continuidade do PMDB nas presidências da Câmara e do Senado.

Para tanto, os peemedebistas vêm pressionando o governo e o PT. Além da derrubada do decreto de regulamentação do Sistema de Participação Social, já na terça-feira (28), o presidente do Senado, Renan Calheiros disse à imprensa que é preciso que o governo “converse” mais com o Legislativo. Neste mesmo discurso, Renan reiterou que o Senado derrubará o decreto dos conselhos populares e lembrou que o presidente da Câmara, Henrique Alves, foi chamado pelo Palácio do Planalto, e ele não.

À imprensa, Henrique Alves, disse que o encontro com o ministro-chefe da Casa Civil, Aluízio Mercadante, nesta quinta-feira (30), foi de caráter institucional. “A reunião com o ministro Mercadante foi para dialogar sobre as matérias que estão em tramitação na Câmara”, disse. Na conversa, Henrique Alves falou que o governo manifestou a preocupação com a aprovação de propostas que provoquem grande impacto fiscal.

Reunião do conselho político do PMDB

A disputa dos partidos pelas presidências da Câmara e do Senado não será fácil. Em uma tentativa de “neutralizar” os integrantes de seu próprio partido, o vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, convocou uma reunião com o conselho político do partido para a próxima quarta-feira (5), no Palácio do Jaburu, para dialogar a respeito com os senadores, governadores e deputados federais eleitos.

A tentativa de Temer pode ser de encontrar um equilíbrio, como deixar o Senado com o PMDB e a Câmara com o PT, já que a tradição é deixar o comando da casa com o partido que tem a maior bancada.

Nas eleições deste ano foram eleitos 513 parlamentares para a Câmara Federal, sendo que as maiores bancadas são: PT com 70 deputados e PMDB com 66. No Senado, o PMDB se confirmou como a maior bancada: 19 parlamentares. Em seguida, vem o PT com 12 senadores. Além disso, os deputados eleitos que compõem a Câmara, 59%, ou seja, 304 dos parlamentares, são da base do governo Dilma.

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Da redação do Portal Vermelho, Eliz Brandão