Ananias quer avanços maiores na redução da mortalidade materna 

Para reforçar a colaboração do Parlamento na diminuição dos casos de mortes relacionadas à gravidez ou ao parto, o deputado João Ananias (PCdoB-CE) apresentou relatório, aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, nesta quarta-feira (29), com propostas para melhorar a qualidade da atenção à saúde dessas mulheres. 

Ananias quer avanços maiores na redução da mortalidade materna

 O relatório foi resultado do trabalho de uma subcomissão criada em 2013 para tratar do tema. Após um ano de audiências públicas, seminários e compilações de informações, a Comissão aprovou relatório, que propõe alterações em leis já existentes, indicações ao Executivo e até um manifesto para a criação da Frente Parlamentar pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal.

“Espero que esse relatório sirva como uma bússola para nortear ações não só no Parlamento, como políticas para garantirem nossa repactuação em relação à redução da mortalidade materna”, explica o parlamentar, que é médico e ex-secretário de Sáude do Estado do Ceará.

De acordo com o relatório de Ananias, 93% das mortes maternas no Brasil podem ser evitadas. Entre as principais causas estão hipertensão, hemorragia, infecção, doenças vasculares e circulatórias e aborto. “Precisamos garantir à gestante acesso à qualidade no pré-natal e um atendimento digno quando ela estiver em trabalho de parto. Precisamos garantir a assistência à saúde reprodutiva da mulher”, ressalta Ananias.

Entre 1993 e 2010, o Brasil reduziu em 43% o número de mortes relacionadas à gravidez ou ao parto. A taxa é uma das menores entre os países mencionados no relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado no início deste ano.

A redução da morte materna integra o 5º Objetivo de Desenvolvimento do Milênio – estipulado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000, ao analisar os maiores problemas mundiais. Apesar de ter como prazo para cumprimento das metas o próximo ano, estudos apontam que apenas 16 países devem conseguir reduzir em 75% a taxa de mortalidade materna.

De Brasília
Márcia Xavier
Com informações da Lid. PCdoB na Câmara