Ministério lança plano nacional para enfrentar doenças crônicas 

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, lançou, nesta terça-feira (28), a nova Política Nacional de Promoção da Saúde, que visa deter o desenvolvimento das doenças crônicas no Brasil. O Plano Nacional envolve planejamento de ações voltadas para prevenção dos fatores de risco (tabagismo, sedentarismo e má alimentação) e investimentos na qualificação da atenção e da assistência aos pacientes.  

Ministério lança plano nacional para enfrentar doenças crônicas

O anúncio ocorreu durante a 14ª Mostra Nacional de Experiências Bem Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doença (Expoepi), em Brasília.

"Essa política reforça o empenho do Ministério da Saúde em assegurar o acesso da população, sobretudo às mais vulneráveis, à educação em saúde, à melhoria da qualidade de vida e ao envelhecimento saudável", destaca Chioro.

O enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) é um dos principais desafios de saúde pública no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), elas respondem por cerca de 35 milhões de mortes ao ano. No Brasil, do total de óbitos registrados em 2011 (cerca de um milhão de mortes), elas foram responsáveis por cerca de 74 mil (72%).

A redução gradativa da mortalidade prematura – de 3,8% em 2011 para 25% em 2022 – é o objetivo principal do Plano de Ações de Enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis 2011-2022, que define estratégias e recursos para o enfrentamento dessas enfermidades no país.

Os grupos de doenças considerados pela Organização das Nações Unidas (ONU) como prioritárias são as do aparelho circulatório (isquemias, infarto e AVC), as respiratórias crônicas (asma, rinite alérgica e doença pulmonar obstrutiva crônica), os cânceres e o diabetes.

De acordo com a diretora de Vigilância e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta, "a nova política dialoga com os acordos internacionais firmados pelo governo brasileiro, incorpora o saber popular e tradicional às práticas em saúde e valoriza a formação e a educação permanente, que compreende mobilizar, sensibilizar e promover capacitações para gestores, trabalhadores da saúde e de outros setores", afirma.

Hábitos saudáveis

Entre as ações do Ministério da Saúde para incentivar a prática de hábitos saudável na população, está o Programa Academia da Saúde, iniciativa que prevê a implantação de polos com infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados para a orientação de saúde e
atividades físicas.

Atualmente, há mais de 3.725 mil polos habilitados para a construção em todo o país (destes, 491 já estão prontos). O Ministério também ampliou o tratamento de tabagismo no Sistema Único de Saúde (SUS) e, no último dia 31 de maio, regulamentou a lei que cria ambientes livre do tabaco.

A Atenção Básica também proporciona diferentes tipos de tratamento e acompanhamento ao usuário, incluindo o atendimento psicológico. Atualmente, existem 3.695 Núcleos de Atenção à Saúde da Família, com 3.247 nutricionistas, 5.062 fisioterapeutas e 3.691 psicólogos, além de
educadores físicos e sanitaristas. A evolução do tratamento deve ser acompanhada por uma das 40,5 mil Unidades Básicas de Saúde, presentes em todos os municípios brasileiros.

Nos casos de obesidade mórbida, o SUS oferece ainda, como último recurso para perda de peso, a cirurgia bariátrica. Para pacientes hipertensos, diabéticos e asmáticos, são disponibilizados medicamentos por meio do Programa Farmácia Popular. Além dos itens gratuitos, os mais de 100 produtos podem ter até 90% de desconto na compra. Desde 2011, só com a distribuição gratuita de medicamentos, mais de 20 milhões de pessoas já foram beneficiadas.

Da Redação em Brasília
Com Agência Saúde