Dia Pró-Saúde da População Negra é comemorado nesta segunda

O Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra é comemorado nesta segunda-feira (27). A data busca sensibilizar os profissionais de saúde para as demandas específicas da população negra e trazem reflexões sobre o racismo institucional e suas consequências à saúde da população negra e parda.

Dia Pró-Saúde da População Negra é comemorado nesta segunda

Por exemplo, algumas doenças genéticas ou hereditárias são mais comuns da população negra e exigem um acompanhamento diferenciado. Entre as principais enfermidades estão Diabete melito (tipo II), Hipertensão arterial; Miomas; Deficiência de glicose 6 fosfato desidrogenas, e
Anemia falciforme, que pode ser encontrada em frequências que variam de 2% a 6% na população brasileira em geral, e de 6% a 10% na população negra.

O governo federal tem desenvolvido ações de promoção da equidade para populações em vulnerabilidade. Entre as ações está a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN).

São objetivos dessa iniciativa incluir os temas do racismo institucional como determinante social de saúde, além de destacara a importância da apropriação desta temática na formação e educação permanente de trabalhadores em saúde e cidadãos em geral.

Doença Falciforme

Nesta segunda-feira , também é celebrado o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme. Neste quesito, o Programa Nacional de Triagem Neonatal é fundamental para o diagnóstico de doenças falciformes feito em recém-nascidos por meio do teste do pezinho.

A partir dos quatro meses de vida pode ser feito o exame de eletroforese de hemoglobina em Unidades de Atenção Básica, para que casos da doença possam ser evitadas com tratamento imediato.

Pessoas com doença falciforme apresentam anemia crônica e episódios frequentes de dor severa, decorrentes do processo de vaso oclusão causados pela forma de foice (por isso o nome falciforme) que as hemácias assumem, após liberarem o oxigênio para os tecidos, impedindo que elas circulem adequadamente.

De acordo com a Coordenadora da Politica Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados, Joice Aragão de Jesus, as pessoas com doença falciforme se bem cuidadas têm poucas limitações.

“Atualmente os procedimentos para os cuidados em doença falciforme possibilitam que estas pessoas estejam nos espaços de trabalho e estudos e possam usufruir de uma qualidade de vida razoável. Atividades esportivas, exposição ao frio ou calor intenso, cansaço prolongado, estresse, não ingestão adequada de água são situações que devem ser evitadas, pois levam a crises e infecções e várias intercorrências graves com mais facilidade que em outras pessoas que não tem a doença”, explica Joice.

Todos os medicamentos que compõem a rotina do tratamento são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os que integram a farmácia básica são: ácido fólico (de uso contínuo), penicilina oral ou injetável (obrigatoriamente até os cinco anos de idade), antibióticos, analgésicos e antiinflamatórios (nas intercorrências).

Além disso, a hidroxiuréia, os quelantes de ferro, o dopller transcraniano e transfusões sanguíneas integram os medicamentos e procedimentos para atenção especializada.

Eu amo uma pessoa com doença falciforme

A Associação Baiana das Pessoas com Doenças Falciforme (ABADFAL), com apoio da Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doenças Falciformes do Brasil (FENAFAL), lançou este ano uma campanha nas redes sociais Intitulada "Eu amo uma pessoa com doença falciforme”.

A campanha foi iniciada por uma associação da Costa Rica, a Fundrepa (Fundación para la Investigación y Apoyo a la Persona con Drepanocitosis y otras Hemoglobinopatías), e lançada mundialmente em quatro idiomas: português, francês, espanhol e inglês.

Foram convidadas a participar da campanha pessoas de associações em diversas partes do mundo, envolvendo 21 países, entre eles Panamá, Brasil, Portugal, Líbano, Alemanha, Costa Rica, Venezuela, Peru, Chile, Guiné Bissau, México e El Salvador. De acordo com a Federação, em 12 dias, cerca de 600 fotos já foram publicadas com o mote da campanha.

Da Redação em Brasília
Com informações do Blog da Saúde