Senadores falam sobre desafios de Dilma em seu segundo mandato 

Ao analisar o resultado do segundo turno da eleição presidencial, o senador Walter Pinheiro (PT-BA), afirmou que os eleitores traduziram no voto que apoiam as importantes conquistas sociais, a manutenção da estabilidade econômica e os avanços na educação e na saúde. Para o senador Wellington Dias (PT-PI), eleito governador do Piauí, a polarização entre PT e PSDB não vão prejudicar o segundo mandato da presidente. 

Senadores falam sobre desafios de Dilma em seu segundo mandato

Após a confirmação da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre o senador Aécio Neves (PSDB), o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) falou à Agência Senado sobre as perspectivas para o segundo mandato de Dilma. Ele também garantiu ter votado na presidenta reeleita.

Para Randolfe, Dilma e o PT precisam retomar uma agenda de esquerda como forma de garantir apoio e corrigir erros cometidos ao longo dos últimos anos. “Quem garantiu a reeleição foram os movimentos de esquerda, os movimentos sociais, que atuaram quando as alianças feitas a qualquer custo falharam. A solução é se afastar das alianças conservadoras e ir para a esquerda. Votei em Dilma no segundo turno porque ela se mostrou mais disposta a isso”, afirmou o senador socialista.

“Foi a eleição mais dramática desde a redemocratização. Agora a presidente precisa refletir na tarefa de unir. A responsabilidade de dar um novo rumo às relações políticas cabe ao partido do poder”, afirma Randolfe, para quem os principais desafios da presidente nos próximos anos serão unir o país após a disputa eleitoral e enfrentar a crise econômica.

Na democracia, quem manda é o povo

Wellington Dias, um dos senadores mais atuantes na defesa do governo enquanto esteve no Parlamento, destacou que “trabalhamos para que esse projeto saísse vitorioso, mas acabamos enfrentando adversidade que nem imaginávamos. Superamos o ódio e a difamação. Mas venceu a vontade do povo e, numa democracia, abaixo de Deus quem manda é o povo”, disse.

Wellington Dias acredita que Dilma Rousseff vai ter que trabalhar para fazer do Brasil um país livre do que ele chama de “política do ódio”. Para ele, a presidenta deve fazer um segundo mandato melhor que o primeiro, cumprindo propostas apresentadas na campanha: mais segurança, mais vagas no ensino médio e profissionalizante, mais investimento na área da saúde e no Programa Mais Médicos e o compromisso com o um novo pacto federativo, que dê mais condições aos pequenos municípios.

Diante de um Congresso Nacional mais fragmentado, com número maior de partidos, Wellington Dias prevê que o Parlamento exigirá mais negociação com o Executivo. “Não foi fácil com o Congresso passado e nem vai ser na próxima Legislatura. Em alguns temas, pode ser que seja necessária a consulta popular para que o Parlamento tenha coragem de tomar decisões de que o Brasil precisa. Mudanças estruturais vão exigir negociação forte, mas teremos líderes à altura. Além disso, a presidente vem para um segundo mandato muito mais amadurecida”, avaliou.

O senador Walter Pinheiro exaltou a votação da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) na Bahia. Segundo o senador, seu estado natal foi decisivo para reconduzir Dilma ao Palácio do Planalto. “Tivemos um peso importante, que sacramentou o desejo do segundo mandato da presidenta Dilma”, comemorou Walter.

Da Redação em Brasília
Com Agência Senado