Dilma: “Nós duplicamos o número de alunos universitários no país”

A presidenta Dilma iniciou sua fala sobre o tema mais discutido nesta terça na internet, que foi o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). “A nota do Enem abre uma vaga nas universidades. No passado, só quem tinha recursos, podia pagar uma passagem de avião ou ônibus, podia fazer simultaneamente vários vestibulares. Hoje não", disse Dilma ao comemorar os mais de 8,7 milhões de inscritos no Exame neste ano.

“Hoje um jovem pode, via o Sisu [Sistema de Seleção Unificada (Sisu)], fazer um exame que garanta a ele acesso há varias universidades. Caso ele não passe, ele terá ainda direito, através do Enem, de uma bolsa do Prouni [Programa Universidade para] e se ele não conseguir ainda, pode recorrer ao financiamento educacional [Fundo de Financiamento Estudantil (Fies)]. Eu acho importante lembrar que o financiamento é especial”, apontou.

"Eu acredito que o Enem se transformou numa espécie de caminho de oportunidades”.

Dilma lembrou, ainda, que o Governo Federal, com as medidas tomadas nos últimos anos, duplicou o acesso ao ensino superior. “Saímos de pouco mais de 3 milhões para mais de 7 milhões [de estudantes universitários] nos últimos 12 anos”.

Ciência Sem Fronteiras

O acesso ao Programa Ciência Sem Fronteiras também se dá por meio do Enem. “O aluno pode estudar em uma das melhores universidades do exterior. Nós já temos 86 mil estudantes que participam ou já participaram do Programa, e até o final do ano vamos chegar aos 101 mil, que era a meta”, exaltou a presidenta.

“Sendo eleita, vou manter o Enem para o próximo ciclo com mais 100 mil bolsas [do Ciência Sem Fronteiras], o que é muito importante, na medida em que são essas iniciativas que permitem que estudantes brasileiros e o próprio país tenham acesso ao que há de melhor no mundo, e diminua as diferenças entre os padrões de ensino”, disse Dilma.

Após seu discurso, Dilma respondeu questões levantadas pelos jornalistas. A presidenta foi questionada sobre sua preparação para o debate. Dilma respondeu que está bastante tranquila, pois “não são mais 7 contra um, é só um”, brincou. E completou: “Agora nós vamos ter uma discussão a sério, ele teve um governo, que foi o governo de Minas. Por que ele não foi eleito? A realidade é que não tem vacina contra a verdade", destacou.

Choque de gestão do Aécio

O governo dele [Aécio] em Minas produziu a segunda dívida do país. “Ele vai ter que explicar, pois assinou um termo de ajustamento de gestão com o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais que diz respeito aos não investimentos na área da Saúde e Educação”.

Mais sobre o Enem

Segundo o MEC, o número de 2014 é 21,6% maior em relação ao ano passado, que havia registrado 7,17 milhões de candidatos. As provas serão realizadas nos dias 8 e 9 de novembro. 

A maioria (58,11%) dos inscritos no Enem é do sexo feminino e apenas 26,48% do total (2.310.176 pessoas) pagou a taxa de inscrição de R$ 35,00 – os outros são isentos por serem estudantes de escolas públicas (16,33%) ou por carência comprovada (57,17%).

Cerca de 85% dos inscritos estão na faixa etária de 15 a 29 anos e houve um acréscimo de mais de 1 milhão no número de negros: 5.051.206 dos participantes declararam-se negros (57,91% do total), contra 4.006.415 em 2013, o que reflete os efeitos da Lei de Cotas, que despertou nos jovens negros o interesse de se inscrever para concorrer vagas no ensino superior.

Da redação do Portal Vermelho