Novos diretores indicados ao BC reforçam “ortodoxia”

Os economistas indicados para as diretorias do Banco Central (BC) Mário Mesquita (Estudos Especiais) e Paulo Vieira da Cunha (Assuntos Internacionais) mostraram na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) estarem afinados com a linha do presidente da entidad

Vieira da Cunha destacou que a convergência das expectativas de inflação do mercado à meta facilita a tarefa do BC de controlar os preços, mas frisou a necessidade de cautela e prudência. "A vigilância deve ser contínua, de maneira a resguardar os ganhos na redução da inflação", disse ele em discurso lido durante sua sabatina na CAE. "Em política monetária, como em tantas outras coisas, a evidência mostra que a prevenção é o melhor remédio", afirmou.

 

Segundo ele, a economia brasileira vive um dos seus melhores momentos em décadas, cenário que seria fruto do tripé regime de metas de inflação, taxa de câmbio flutuante e âncora fiscal, "sem a qual qualquer esforço macroeconômico mostra-se eventualmente inútil". Mário Mesquista afirmou, durante sua sabatina, que tentativas de "utilizar a política monetária para promover surtos temporários de crescimento têm geralmente sido infrutíferas".

 

"Isso não significa que bancos centrais devem deixar de considerar a atividade econômica em suas deliberações, e de fato nenhum banco central atua de tal forma", afirmou ele, destacando que a estabilidade monetária favorece o crescimento sustentado. Mesquita defendeu o regime de metas de inflação e afirmou que o BC tem tido transparêcia em sua atuação. Depois de passar pela aprovação da CAE, os nomes de Mesquita e Vieira da Cunha serão submetidos à votação do Plenário do Senado.

 

 

Com agências