Dilma na TV: Um governo que investiga denúncias

 Eleições livres é assim, o povo nas ruas, compromisso com a transparência e com o funcionamento das instituições. O resto é jogo sujo, de quem tenta tirar proveito do combate à corrupção e a impunidade para manipular resultado eleitoral. Foi essa a tônica do programa eleitoral da candidata à reeleição a presidência da República, Dilma Rousseff, neste sábado (11). Ela respondeu as manipulações feitas pela grande mídia e o adversário tucano das investigações de suspeitas de corrupção na Petrobras.

“O principal envolvido nas denúncias, que hoje faz acusações para diminuir sua pena, foi demitido da Petrobras por mim e foi preso no meu governo”, explicou Dilma, cobrando que “tudo tem que ser apurado com rigor, mas sem interferência ou manipulação política. A lei não pode ser aplicada ao sabor das circunstâncias eleitorais. Quem diz isso é uma presidenta que nunca compactou como irregularidade”, afirmou.

Ela destacou que, ao contrário dos governos tucanos, jamais aparelhamos a Polícia Federal ou a Procuradora Geral da República (PGR) para evitar que as denúncias e acusações de irregularidades “fossem varridas para debaixo do tapete”, prática comum dos dois governos tucanos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“Essa é a diferença entre nós e os governos tucanos. Nós investigamos; eles escondiam. Quem criou as condições para combater a corrupção não pode ser condizente com ela”, afirmou Dilma.

Enquanto os tucanos querem varrer tudo para baixo do tapete, Dilma quer que tudo se apure. Essa diferença é que deve pautar o debate no segundo turno, que é momento de disputa de dois projetos de governo.

Dilma é presidenta integra que tem tolerância zero com a corrupção e respeita autonomia dos órgãos que fiscalizam e apuram irregularidades na administração pública. Enquanto os tucanos impediram que fossem investigados casos de corrupção do governo FHC, como a compra de voto para aprovação, no Congresso Nacional, do projeto de reeleição, para que o tucano estendesse o seu tempo no poder.

Cinco medidas

Ao contrário dos tucanos, que querem combater a corrupção “com bravatas ou palavras vazia”, a candidata Dilma Rousseff, com vontade de mudar o rumo das coisas, apresenta cinco medidas “no combate a impunidade, que é o mal que alimenta a corrupção.”

Ela quer aprovar uma lei para tornar crime e punir com rigor os agentes públicos que enriqueça sem justificativa ou não demonstre origem dos bens; modificar legislação para transformar em crime eleitoral a prática de caixa dois; e alterar a legislação para agilizar o julgamento de processos envolvendo desvio de recursos públicos.

Outra proposta da candidata Dilma é criar uma nova estrutura no Poder Judiciário, junto aos tribunais superiores, que dê mais agilidade e eficiência nas investigações e nos processos que envolvem aqueles que tem foros privilegiados.

Segundo ela, são cinco medidas que garantem processos e julgamentos mais rápidos e punições mais duras, que representa golpe fortíssimo na impunidade. Ela destacou que o amplo direito de defesa será preservado, mas dentro de prazo razoáveis, por que hoje os julgamentos levam eternidades, o que só favorece corruptos e corruptores.

“Tomo essa iniciativa baseada no compromisso com a ética e a defesa do patrimônio dos brasileiros”. Disse, destacando a necessidade de que “todos os poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – participem do processo para mudar o que precisa ser mudado no Brasil.”

Casos emblemáticos

Durante o programa eleitoral, também foi destacado que “quem não deve, não teme” e que “o silêncio é grande ajuda para impunidade”, ao citar os principais casos de corrupção envolvendo os tucanos na gestão do patrimônio público no país.

Em 1997, foi o caso escandaloso das denuncias de compra de votos no Congresso Nacional para aprovação da emenda que garantisse a reeleição de FHC; em 2007, a PGR denunciou a existência do Mensalão tucano, com prática de caixa dois para reeleição ao Governo de Minas do tucano Eduardo Azeredo e, mais recentemente, as denúncias de pagamento de propina a altas autoridades de São Paulo, governado há 20 anos pelos tucanos, pela empresa francesa para obter contrato das obras de metrô de São Paulo.

Nada foi apurado. E Nem os envolvidos foram punidos. Percebeu a diferença entre os dois modelos de governo? Perguntam os apresentadores do programa.

Exemplo de Minas

Em Minas Gerais, terra governada pelo candidato Aécio Neves, os jornalistas que criticaram o governo dele foram perseguidos e demitidos. Dois livros relatam o cerco que foi feito à imprensa na época. A prática de censura volta agora nas eleições presidenciais, que o candidato tucano tentando cercear as informações que trazem críticas contra ele nas redes sociais.

As tentativas de censura de Aécio Neves não impediram que o povo de Minas percebesse as falhas de seus governos, perdendo em Minas, no primeiro turno, para a candidata Dilma; e o seu candidato a governador sendoi derrotado pelo PT já no primeiro turno.” Não existe melhor prova de que Aécio e seu governo foram desaprovados pelos mineiros.”

De Brasília
Márcia Xavier

 

Assista ao segundo programa de Dilma: "Um Governo que Investiga Denúncias":