Thiago Cassis: Inteligência sem Fronteiras

Jovem da Zona da Mata

Água Preta, cidade de 30.000 mil habitantes localizada na Zona da Mata no Sul de Pernambuco. Foi lá que, do amor entre o Seu Nelson e a Professora Liliane nasceu Juninho.

Por Thiago Cassis*, no Portal da UJS

Nelson Barros Góis Junior - Arquivo pessoal

Nelson Barros de Góes Júnior, era um garoto que como qualquer outro de sua idade gostava de brincar com os colegas na rua durante a tarde, e também “gastava algum tempo na cômoda do meu quarto sentado, fazendo caricaturas de desenhos animados” recorda o agora jovem de 21 anos.

No Brasil, Juninho decidiu estudar Biomedicina. “Durante todo meu ensino médio, na Escola de Referência em Ensino Médio dos Palmares, escola estadual de Pernambuco, os professores sempre nos ajudaram bastante e nos instruíram no sentido de escolher uma profissão para o nosso futuro”. Segundo o jovem, foi durante o ensino médio que, através de uma professora de Biologia, conheceu a Biomedicina. Júnior passou no vestibular e iniciou seu curso superior como cotista.

O estudante então conseguiu ingressar no programa “Ciência sem Fronteiras”, para ele “um dos muitos êxitos da gestão da presidenta Dilma”. O jovem cientista continua “nunca na história do Brasil foi possível que tantos jovens provenientes dos mais variados extratos da nossa sociedade tivessem oportunidade de estudar em universidades de excelência em todos os continentes do planeta”. Ele ressalta que o programa também possibilitou o contato com novas tecnologias, grupos de pesquisa e consequentemente gerou “a divulgação da ciência brasileira pelo mundo, principalmente nos casos do ‘Ciência Sem Fronteiras’ para mestrado e doutorado”, concluiu.

Militante da UJS desde 2011, sempre participou das atividades da entidade “por acreditar que a juventude tem a missão de exercer um papel transformador dentro da nossa sociedade”. Júnior rebate de forma consistente o discurso anti política feito por muitos jovens de sua idade atualmente, “os problemas que temos hoje não podem ser enfrentados com a negação da política, muito pelo contrário, só a nossa participação efetiva vai possibilitar a pressão necessária para impulsionar as transformações estratégicas que precisamos no nosso país”.

Júnior fez questão de ressaltar a importância histórica da União da Juventude Socialista em conquistas populares recentes como “o Fora Collor e os 10% do PIB para a educação”.

A vida do outro lado do mundo

Durante o primeiro ano de intercâmbio o estudante morou em Jinan, capital da província de Shandong que fica no norte da China. Recentemente se transferiu para a capital do país, Pequim, onde completará o segundo ano do intercâmbio. Júnior estuda na Universidade de Pequim, matriculado no curso de Medicina Clínica.

A barreira do idioma e a adaptação cultural foram os maiores obstáculos para o jovem brasileiro. Porém, Júnior pondera, afirma que o período foi difícil “mas também muito interessante, pois foi o momento onde conheci vários detalhes da realidade chinesa”.

Quando questionado sobre o socialismo na China, o estudante afirma que “a experiência socialista chinesa é única, não existe como dissociá-la da realidade na qual se desenvolve. A análise feita a partir da vivência é completamente diferente da feita baseada no que é transmitido por grande parte da mídia brasileira”.

“O governo chinês tem trabalhado incansavelmente na diminuição das desigualdades e na melhoria da qualidade de vida da população”, coloca o jovem cientista, “o transporte público é muito eficiente, o saneamento e a limpeza urbana também”, finaliza.

Quando fala sobre os problemas do país asiático ressalta a polêmica ao redor das emissões de gases, para na sequência concluir, “as contradições são parte integrante de qualquer processo, e o Partido Comunista Chinês tem atuado no sentido de resolvê-las progressivamente, respeitando as necessidades e a soberania do desenvolvimento chinês, garantindo inclusão, geração de emprego e crescimento econômico”.


*É militante do Barão de Itararé e editor de notícias no Portal da UJS