TSE: maioria do eleitorado é jovem e com baixa escolaridade 

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que cerca de 60% dos eleitores brasileiros têm menos de 45 anos e se declaram solteiros. Os números revelam ainda que 74% dos 142,8 milhões de cidadãos aptos a votar ainda não concluíram a educação básica e menos de um em cada dez eleitores tem diploma de curso superior.

Eleições 2014 LOGO DO VERMELHO

Apesar da maioria de jovens, as estatísticas do TSE já captam o processo de envelhecimento por que passa a população brasileira, registrando queda de pelo menos 2% na proporção de eleitores entre 18 e 44 anos, em relação às eleições de 2010.

Outro aspecto observado no atual processo eleitoral é a redução do número de jovens de 16 e 17 anos. Eleitores dessa faixa etária já podem se manifestar nas urnas, mas não são obrigados a votar, e a redução da participação desse grupo tem sido analisada como possível desinteresse da juventude pelo processo político.

Conforme o TSE, apenas 5,6% dos eleitores concluiram um curso superior. Na comparação regional, Nordeste e Norte estariam abaixo da média nacional, e o melhor desempenho é da Região Centro-Oeste (9,7%), cuja média é puxada pelo Distrito Federal (24,2%) e reforçada pelo desempenho de Goiás (7,4%).

Os números das próximas eleições devem mostrar avanço na escolaridade do eleitorado, a partir da atualização dos dados dos eleitores que é feita no momento da implantação do sistema biométrico de identificação. O processo foi iniciado este ano e deverá estar concluído para o próximo pleito.

Os dados disponíveis mostram que os eleitores analfabetos representam 5,17% do total, e a fatia dos que sabem ler e escrever e dos que ainda não concluíram o ensino fundamental corresponde a 42,28% do total. Os que já completaram o ensino fundamental são 7,21% e os que ainda estão cursando o ensino médio, 19,26%. Aqueles que já finalizaram a educação básica representam 16,69% do eleitorado.

Apesar do baixo grau de instrução da maioria dos eleitores, há avanços em comparação com anos anteriores. Em 2010, passava de 80% a porcentagem de votantes que não tinha chegado ao fim da educação básica. E, seguindo o crescimento da oferta de cursos superiores, houve incremento de 45% na fatia de votantes com diploma universitário, nesses quatro anos.

Da Redação em Brasília
Com Agência Senado