Franzin: “O movimento sindical não engole a terceirização de Marina”

É o que avalia o jornalista João Franzin em artigo publicado no site da Agência Sindical. Para ele "o movimento sindical chega bem à reta final do primeiro turno das eleições. Chega afirmativo, sem perder rumos”.

Agência do Itaú (esq). Maria Alice Setúbal e Marina Silva

Segundo Franzin, que atua há mais de 29 anos na imprensa sindical, as campanhas salariais do segundo semestre não foram prejudicadas pela disputa eleitoral e seguem o seu curso, sem prejuízo do alinhamento dos dirigentes e tendências aos projetos políticos que consideram mais adequados. “A busca de proximidade com essas candidaturas está sendo positiva, na medida em que, quando chegam, os dirigentes reafirmam os eixos centrais da Pauta Trabalhista unificada. Há variações nos Estados, em relação às eleições locais, mas o desenho não é muito diferente”, pontuou o jornalista.

João Franzin

Ele avalia ainda que a tensão entre sindicalistas e candidatos está na campanha de Marina. “O maior ruído até agora (com riscos de rupturas) vem da parte de Marina, cujas falas sobre temas ligados aos trabalhadores geram contestações. O movimento sindical não engole a terceirização e majoritariamente recusa mexidas na CLT, por exemplo”, argumenta.

Bancada dos trabalhadores

Franzin frisou que, apesar do número proporcional em todos os partidos, os candidatos ligados ao movimento sindical terão que suar a camisa para garantir vaga nos parlamentos estaduais ou federal. “Não é fácil pra ninguém e, como alerta o Diap, há risco de que a bancada trabalhista cresça pouco ou mesmo decresça”.

Sobre um eventual segundo turno, ele afirma que deve prevalecer o desenho deste primeiro turno. E adverte: “O movimento sindical deverá saber se compor com as duas candidaturas finalistas, mantendo a Pauta Trabalhista e sem perder o objetivo das demandas específicas”.

Da redação do Portal Vermelho
Com informação da Agência Sindical