Marina entra com liminar e tira do ar site Muda Mais de apoio a Dilma

Na última terça-feira (16), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu liminar para retirar do ar o site Muda Mais. Coordenado pelo jornalista Franklin Martins, a página virtual era usada para defender a reeleição da presidenta Dilma Rousseff e continha vários depoimentos de apoio à presidenta, em vídeos e áudios. A medida atendeu ao pedido da coligação da candidata à Presidência Marina Silva. 

Muda Mais

Já fora do ar, o Muda Mais anuncia no redirecionamento da página a medida do TSE e critica Marina Silva por tentar censurar o site. "Vamos proceder à defesa jurídica de todos os pontos que foram questionados, e não vamos deixar que as posturas antidemocráticas da candidatura de oposição nos calem. Marina precisa entender que na democracia ninguém fala sozinho. Tentar calar o Muda Mais é tentar calar o debate político", informa.

O presidente do Partido dos Trabalhadores e coordenador geral da campanha à reeleição de Dilma Rousseff, Rui Falcão, criticou a tentativa de censura promovida pela oposição. “A tentativa de censura não vai impedir o debate eleitoral e que a promoção da democracia continue sendo feita”, afirmou Rui.

“Não temos censurado ninguém, temos debatido livremente. É um absurdo em uma sociedade democrática, depois de 12 anos da mais ampla liberdade de imprensa no país, uma candidata censurar a nossa campanha”, afirmou Rui Falcão, acrescentando que “continuaremos mantendo a linha de não atacar as pessoas, mesmo quando a gente é atacado. Vamos continuar discutindo propostas, criticando as que consideramos prejudiciais ao país. O que estamos fazendo é dissecar um programa que vai e volta”, completou.

O site Muda Mais divulgou nota sobre a decisão judicial que determina sua retirada do ar. Leia abaixo a íntegra:

Marina foge do debate e quer calar o Muda Mais

O Muda Mais acredita que o amplo debate de ideias, posicionamentos e propostas é crucial para a democracia. Acreditamos também que a internet é o meio mais democrático e criativo de fazer o debate politico eleitoral. É o canal de comunicação que quebrou o monólogo da grande mídia, permitindo a milhares de pessoas que expusessem suas vozes e opiniões, antes abafadas. E esse poder de comunicação digital deve ser usado com discernimento, respeito e compromisso com a verdade.

Por isso mesmo, o Muda Mais sempre teve o caráter de levar o debate para as redes, se baseando na honestidade dos fatos, em uma boa apuração e na checagem das informações que servem ao diálogo franco e aberto. Uma de nossas principais diretrizes é a disputa no campo político entre projetos de país, sem agressões pessoais ou infundadas a ninguém, ataques desrespeitosos ou mentiras. Nossa postura tem sido, inclusive, a de apontar boatos e artificialidades construídas – mesmo quando elas agem em benefício da nossa candidata.

Temos lado, e sempre deixamos isso claro: defendemos, baseados em informações verdadeiras, o projeto de país em que acreditamos, e apontamos as incongruências dos projetos de nossos adversários. Esse foi o tipo de debate que estabelecemos com Aécio, com Eduardo Campos e, agora, com Marina Silva.

Fomos pegos de surpresa com a postura de Marina Silva e sua tentativa de censura ao Muda Mais. Justamente da candidata que afirma ser representante da nova política, que fala em democratizar o debate público e que, assim como Dilma, tem na internet um importante espaço de participação. Foi, no entanto, justamente Marina Silva quem deu uma prova de que não quer o debate, ao entrar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um pedido para retirada do Muda Mais do ar.

Vamos proceder à defesa jurídica de todos os pontos que foram questionados, e não vamos deixar que posturas antidemocráticas nos calem. É importante que todos saibam, inclusive nossos adversários: não se cala a internet – a produção, o acesso a informações na web e seu caráter democrático. O Muda Mais carrega em si o espírito da rede. Não se cala a verdade, ela vai continuar circulando pela Internet, entre os militantes e entre aqueles que reconhecem a revolução social que o Brasil trilhou nos últimos 12 anos, sob os governos de Lula e Dilma.

Vamos continuar fazendo o contraponto na política. Marina precisa entender que na democracia ninguém fala sozinho. Tentar calar o Muda Mais é tentar calar o debate político.

Da Redação,
Com agências