Em encontro com mulheres, Dilma afirma que mudança de Marina é de lado

Com a quadra dos bancários completamente lotada, a presidenta Dilma Rousseff se encontrou neste sábado (6) com mais de 4 mil lideranças femininas de diversos setores, em São Paulo, em ato de apoio à reeleição. Ela enalteceu a garra da mulher brasileira e conclamou as companheiras a permanecessem “muito vivas” para que as conquistas garantidas nos últimos anos não fossem perdidas.

Mulheres com Dilma

“Nós mulheres, quando encasquetamos com uma coisa, vamos até o fim. Então, encasquetem, teimem, não desistam”, pediu a candidata à reeleição defendendo as políticas públicas do governo federal que têm a mulher como principal beneficiária, e completou: “Os dados mostram que as mulheres são maioria nas universidades públicas e privadas. Isso mostra a garra delas”.

Dilma criticou a postura política da candidata do PSB, Marina Silva, que segundo ela, muda de posição quando é pressionada e rebateu as propostas de redução da importância do pré-sal na matriz energética e da participação dos bancos públicos em financiamentos.

Não cedo a pressões

“Não somos vira-casacas. Quando você tem um lado, luta por ele. Você não pode mudar de posição todos os dias”, frisou Dilma. E completou: “Se te pressionarem você não pode mudar de posição… ou você tem convicção naquilo que acredita ou não tem força para mudar. Não é possível defender uma coisa de manhã e mudar porque te pressionaram”.

Quatro companheiras que estiveram presas com Dilma durante a ditadura participaram do ato. “Essas mulheres fazem parte da minha vida, fazem parte de mim. Vocês imaginam como é dividir todas as horas do dia juntas”, disse Dilma. E completou: “Nós, mulheres, fomos para a prisão, inclusive eu. Porque lutar pelo direito do povo, naquela época, dava cadeia”, declarou.

A presidenta falou sobre as dificuldades que a mulher enfrenta na política e da necessidade de não ceder às pressões externas. “Eles acham que basta olhar para uma mulher, de cara feia, que a gente cede”, ironizou Dilma, destacando que as mulheres são “compreensivas”, mas que não cedem naquilo em que acreditam.

“Quando você tem um lado, você luta por ele, chega onde chegamos, até ir para a prisão”, lembrou a presidenta, sobre a época em que foi presa pela ditadura.

Da redação do Portal Vermelho
Com informações de agências