Morre em Brasília o jornalista comunista Luiz Aparecido

Morreu neste sábado (6), em Brasília, o jornalista Luiz Aparecido, militante revolucionário e comunista há cinco décadas. Aparecido militou na Aliança Libertadora Nacional, organização revolucionária dirigida por Carlos Marighella, na Ação Popular e, desde o início dos anos 1970, no Partido Comunista do Brasil. Durante a ditadura militar foi preso e torturado.

Luiz Aparecido

Nas fileiras comunistas, Aparecido militou em São Paulo, Espírito Santo, onde foi dirigente do Comitê Estadual, e Brasília. Em diferentes períodos, atuou na imprensa partidária, no jornal A Classe Operária e na revista Princípios. Ultimamente, era blogueiro e colaborador ativo do Portal Vermelho, como um dos responsáveis pela sucursal de Brasília. Foi durante décadas um colaborador ativo da frente de agitação e propaganda do Partido.

Cientista social e jornalista, acumulou larga experiência em veículos da imprensa nacional e em assessorias institucionais. Trabalhou nos Diários Associados de São Paulo, no grupo de revistas Manchete, no Metronews e GuaruNews de São Paulo, no Jornal de Brasília e na Câmara dos Deputados, como assessor de imprensa e parlamentar de vários deputados federais. Atuou na Secretaria de Comunicação do governo do Distrito Federal, na gestão do ex-governador Cristovam Buarque, diretor do Diário Oficial do Espírito Santo e assessor especial do gabinete na gestão do ex-governador Gerson Camata. Também foi ativista de campanhas eleitorais, coordenando as campanhas para governador de Max Mauro e Albuíno Azeredo, no Espírito Santo. Foi assessor da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, entre 2003 e 2008.

Aparecido foi um inquieto polemista, um combatente da luta de ideias, um incansável militante. Compreendia o Partido como instrumento da luta de classes. Nos debates ideológicos sempre defendeu a perspectiva socialista das lutas do povo brasileiro, o ideal comunista e o caráter do Partido como organização de vanguarda e de combate da classe trabalhadora.

Foi um ser humano generoso e de alegria contagiante. Bem humorado e satírico, conseguia ser boquirroto e gozador sem ofender ninguém. Viveu torrencialmente os 66 anos que completaria no próximo dia nove de setembro. Deixa saudade em todos os que o conheceram e tiveram o privilégio do seu convívio de entranhado e solidário amigo.

Natural de Penápolis (SP), deixou reservado em seu coração corintiano um espaço de honra para o time que gostava de chamar de CAP (Clube Atlético Penapolense).

Da Redação do Vermelho