A Feira Literária de Paranapiacaba

A Libre (liga Brasileira de Editoras) promoveu, entre 4 e 7 de setembro, a primeira edição da Fliparanapiacaba

Hilda Hirst
O nome Paranapiacaba significa, em tupi, "lugar de onde se vê o mar" (paranã [mar] + epiak [ver] + aba [lugar]). Agora, a localidade candidata-se a lugar de onde se avista um mar…  de histórias. Lá ocorreu, entre 4 e 7 de setembro, a primeira edição da Feira Literária de Paranapiacaba, promovida pela Libre (Liga Brasileira de Editoras) que reúne principalmente editoras de pequeno porte, com foco principal na cultura. E homenageou a poeta, dramaturga, ficcionista e ensaísta Hilda Hilst, cuja morte completa 10 anos em 2014 (ela viveu entre 21 de abril de 1930 e 4 de fevereiro de 2004).
 
Paranapiacaba faz parte da história da ligação ferroviária entre São Paulo e Santos; é famosa pela neblina (quase) permanente, pelas histórias de assombração. E que será conhecida, de agora em diante, também como sede de um evento literário notável. 
 
Um dos objetivos da Fliparanapiacaba é mesclar, na programação, autores brasileiros de grande expressividade no cenário nacional e internacional e autores da região ainda não reconhecidos pela mídia e grande público leitor. 
 
Foram mais de 50 escritores envolvidos nas atividades como mesas de debates; bate-papos; palestras; apresentações musicais e teatrais; jogos líteropedagógicos; exposição; instalação; sala de vídeo; oficinas de criação literária, lançamentos  e saraus.
 
Outros objetivos são os de dar continuidade ao evento através de ações de preservação ambiental, ecologia e sustentabilidade  aos alunos das redes públicas e particulares, através de redações. Há ainda o projeto de elaboração de uma Antologia, pois a Vila de Paranapiacaba é candidata ao Patrimônio Cultural da Humanidade. Outros destaques são as ações conjuntas com os artistas e artesãos moradores da Vila e a mesa de inclusão social através da Literatura com  presença de representante da Fundação Dorina Nowill e com transmissão legendada simultânea e aumentar o acervo da biblioteca local. 
 
Para a primeira edição da Fliparanapiacaba foram convidados autores como João Silvério Trevisan, Verônica Stigger, Márcia Tiburi e Manuel da Costa Pinto.  Dentre as atividades interativas, houve destaque para o trem turístico (que parte da estação da Luz, em São Paulo, para Paranapiacaba), onde aconteceram intervenções poéticas e musicais e a montagem de uma casa de seis cômodos com material lúdico para produzir no visitante diferentes sensações de leitura. O projeto foi da artista plástica, Luiza Atallah.
 
José Carlos Ruy, com informações da Libre