Dilma e Lula lideram caminhada nas ruas de São Bernardo do Campo

Nesta terça-feira (2), a candidata à reeleição Dilma Rousseff liderou uma grande caminhada e um ato político em São Bernardo do Campo, no ABC paulista ao lado do ex-presidente Lula. O percurso foi do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC até a Igreja da Matriz.

Lula e Dilma no ABC

Em discurso realizado durante caminhada, a presidenta Dilma reafirmou que a luta por igualdade social é o caminho para o desenvolvimento do país. “O Brasil não é um país rico se o seu povo não for rico, se o seu povo não for próspero. De nada adianta todo o crescimento, se as pessoas não tiverem emprego, bons salários, acesso à Educação e à Saúde. Com o presidente Lula, há 12 anos, nós colocamos no centro das nossas preocupações as pessoas, os homens e mulheres desse País”.

Em sua fala, a presidenta Dilma Rousseff disse que o governo garantiu recursos para que o Brasil alcance novos patamares de desenvolvimento e igualdade social. Com a exploração do pré-sal, só a Educação terá um aporte de mais de R$ 1 trilhão, recurso que será usado para construir creches, ampliar a educação integral e profissionalização técnica e formação superior da população.

Dilma também falou sobre suas ações de promoção à igualde racial, combate à violência contra a mulher e iniciativas na área da Saúde, que ampliará a quantidade de médicos especialistas para atender à população. Também destacou a bem-sucedida experiência na área de Segurança Pública realizada durante a Copa do Mundo Fifa 2014, e reforçou seu compromisso com a classe trabalhadora.

“E é assim que se combate a diferença, a desigualdade, para que os nossos filhos, netos, tenham direito a educação em tempo integral. Queremos criar um país de classe média, em que as pessoas tenham acesso a todas as riquezas, a comida na mesa, mas também tenham acesso a uma educação técnica e de qualidade. Esse é o futuro, e esse futuro passa também por cada vez melhores empregos para as nossas famílias, homens e mulheres”, afirmou a presidenta.

Representando o candidato ao governo de São Paulo pela coligação PT/PCdoB/PR, Alexandre Padilha, que estava em atividade no Vale do Paraíba, o seu vice Nivaldo Santana (foto abaixo) reafirmou, em discurso, “o compromisso e a disposição da coligação Mudança de Verdade em trabalhar intensamente para conquistar a quarta vitória do povo com a reeleição da presidenta Dilma e para dar sequência à política de desenvolvimento e a valorização do trabalho”.

Nivaldo Santana salientou ainda a sua preocupação “com o retrocesso representado pelas candidaturas conservadoras que propõem o fim da valorização salarial, a entrega do Banco Central e outros graves retrocessos como na exploração do pré-sal”.

Lula e os trabalhadores

Já na Praça da Matriz, Lula lembrou que o lugar foi palco de grandes assembleias de trabalhadores nas últimas décadas e que, em 2002, foi onde realizou sua última atividade de campanha, um grande comício, disse ele. Se dirigindo à presidenta Dilma, Lula brincou que “quem faz campanha naquela praça não perde eleição”.

Bastante animada, a caminhada contou com o apoio expressivo de trabalhadores, principalmente metalúrgicos. Além de militantes partidários e candidatos da coligação, o evento contou com a presença dos prefeitos de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho; de Santo André, Carlos Grana e de Mauá, Donisete Braga. 

Os presidentes das centrais sindicais, CTB, Adílson Araújo e da CUT, Vagner Freitas, também participaram do evento, juntamente com representantes da Força Sindical, UGT e Nova Central.

Em coletiva

No fim do ato, Dilma concedeu entrevista à imprensa e falou sobre temas polêmicos da campanha, como reforma política, homofobia e situação econômica. Segundo ela, está em jogo a continuidade do governo que coloca as pessoas, os homens e mulheres, no centro das preocupações.

“Homofobia é algo que cria um mal estar na sociedade. É uma questão que não está relacionada à crença religiosa, à opção partidária, é uma questão que eu acredito que seja do Estado brasileiro, não é uma questão só de governo”, analisou Dilma, que foi enfática ao afirmar que seu governo sempre foi contra a homofobia, contra a violência, e que o Brasil é uma sociedade tolerante. Para ela, ser contra a homofobia é uma questão de civilidade no nosso país.

A presidenta lembrou que o Brasil avançou muito e hoje há um conjunto de leis que criminalizam a violência, a discriminação contra as mulheres e as populações negras no nosso país. “Eu acredito que o compromisso contra qualquer forma de violência, no caso, a criminalização da homofobia, é algo fundamental”, ponderou.

Para Dilma, não se pode construir uma das maiores democracias do mundo sem respeitar direitos humanos e direitos civis. “Como não existe também democracia sem partido político”, observou.

Reforma Política

A candidata lembrou do plebiscito que está sendo realizado esta semana; uma consulta popular para que se possa construir condições para uma reforma política: “a mais ampla, democrática, que assegure transparência, a preservação dos interesses do povo brasileiro em relação ao uso da coisa pública”, desejou Dilma.

A presidenta Dilma encaminhou ao Congresso Nacional uma proposta de Reforma Política, com a convocação de um plebiscito. No entanto, até o momento não foi aprovada. Ela afirmou que, “pela importância da reforma política, a participação popular é uma questão fundamental”. O plebiscito será encerrado no dia 7 de setembro, e, neste dia, Dilma deve receber as propostas das entidades envolvidas.

Programa de governo de Marina Silva sobre a economia

Dilma afirmou esperar um segundo semestre melhor em termos econômicos e lembrou que passamos pela crise mundial gerando emprego, valorizando o salário e investindo em infraestrutura.

Dilma se disse ainda “preocupada com o programa [de governo] da candidata Marina [Silva], porque ela reduz a pó a política industrial. Primeiro tira o poder dos bancos públicos de participar do financiamento da indústria e da agricultura. A candidata também é contra a política de conteúdo local. De acordo com a presidenta, o programa propõe o fim da Inovar Auto – que propõe a compra de produtos brasileiros e gera emprego e crescimento nas indústrias locais – e a nova destruição da indústria naval. Nós temos uma métrica: gerou emprego, é bom para o país. Desempregou, é ruim”, disse.

Da redação,
Com agências