Luciana Santos: “Nós queremos o estado necessário” 

Em agenda de campanha no Agreste Pernambucano, a deputada federal e candidata à reeleição, Luciana Santos (PCdoB-PE) participou do segundo dia do 8º Congresso do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Jaboatão dos Guararapes (Sinproja), que aconteceu em Gravatá. “Nós não queremos nem o Estado mínimo, nem o máximo. Nós queremos o Estado necessário”, disse a candidata no debate “Conjuntura Nacional da Educação”. 

Luciana Santos: “Nós queremos o estado necessário” - Jan Ribeiro

Na mesa redonda que contou com a participação do secretário de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo. Luciana contextualizou o cenário político-social brasileiro dos últimos 20 anos, quando o País saiu de uma lógica liberal de privatizações e aumento das desigualdades sociais, para um processo de transformações sociais que impulsionaram o Estado economicamente com uma distribuição de renda mais justa.

“Por isso que chamamos de Década Perdida – as gestões de Fernado Collor e de Fernando Henrique na presidência -, por que nós tivemos uma agenda no Brasil com ausência completa de políticas públicas e com a privatização do Estado Brasileiro”, disse ela.

Para a deputada, o ciclo político iniciado por Lula e Dilma em 2003 foi um marco decisivo na luta dos trabalhadores por melhores condições de vida: “Passamos por uma inversão da lógica da distribuição de renda no País. 1% da população brasileira detinha 50% da renda nacional. Hoje nós temos um losango, por que houve uma inclusão de milhões e milhões de brasileiros que chegaram para o mercado de consumo, e isso tudo por que se privilegiou o setor produtivo, em contraposição à lógica financeira e rentista que pautava o desenvolvimento nacional.”

Sem comparação

Ela afirmou não temer comparações entre as aministrações – tema recorrente nas campanhas eleitorais. Segundo ela, “em qualquer que seja o campo temático, em qualquer que seja a política pública, a diferença é radical. Eles falam agora dos índices da inflação; essa é a maior piada que pode acontecer. Eles deixaram em 12%, hoje o Brasil tem uma meta abaixo de 7%.”

Luciana explicou que o combate à inflação no Brasil hoje se faz com produtividade e competitividade. “E para isso temos que ter infraestrutura e educação. Esse é o caminho pelo qual nós vamos enfrentar o custo inflacionário”, afirmou.

A candidata também falou sobre o monopólio dos meios de comunicação e os direcionamentos midiáticos sobre temas importantes para a população. “A GloboNews colocou 40 horas da cobertura do julgamento do mensalão, e não colocou dois minutos para tratar do Plano Nacional de Educação, que foi uma vitória estruturante do povo brasileiro”, denunciou.

“Essa desigualdade é que vamos ter que enfrentar nesse debate de 2014”, disse, explicando sobre a importãncia do debate sobre a relação entre donos da mídia, os grupos econômicos dominantes e o financiamento de campanha eleitoral.

Com o microfone aberto para a plenária, Luciana acompanhou as perguntas e opiniões dos profissionais da educação presentes ao evento e, incentivada por falas progressistas, abordou temas como a terceirizações, a federalização da carreira na Educação, aumento do patamar salarial da categoria etc.

Da Redação em Brasília
Com informações da Assessoria da Candidata