Brasil realiza simulação para eventual detecção de caso de Ebola

Nesta última sexta-feira (31) o Ministério da Saúde realizou uma simulação das medidas que serão adotadas pelo governo brasileiro em resposta a um eventual caso suspeito de Ebola em viajante internacional. A simulação tem início no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão e será concluída no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Ebola

A ideia é levar, em breve, o treinamento também para São Paulo e Brasília.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, e o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, prestaram esclarecimentos sobre a operação durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta (29), em que também anunciaram a segunda dose da vacina contra HPV.

Na ocasião, o ministro reafirmou que não há caso suspeito ou confirmado de ebola no Brasil, e que embora seja muito pouco provável uma situação de ebola no Brasil, é preciso que o País esteja preparado para uma hipotética situação de caso suspeito. "Queremos garantir a máxima eficácia de resposta para caso o vírus chegue ao Brasil. Não podemos esperar acontecer para saber se estávamos ou não preparados", afirmou.

Prevenção contra o vírus Ebola

O simulado está sendo realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro e conta com a participação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Fiocruz, Corpo de Bombeiros, Tam Linhas Aéreas e concessionária RIO Galeão.

A atividade contempla todos os passos de uma comunicação do caso suspeito feito pela aeronave ao aeroporto internacional, o transporte do paciente, o atendimento no hospital de referência e todos os procedimentos que devem ser seguidos pelas equipes de saúde.

"Estamos fazendo um passo a passo. O piloto será o primeiro a dizer que está com um passageiro com suspeita de Ebola e o avião será então conduzido para uma área isolada no aeroporto. O passageiro será removido da aeronave pela unidade do Samu e levado até o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, onde será examinado", aponta Chioro.

O objetivo da iniciativa é exercitar os órgãos envolvidos sobre as medidas previstas nos planos de preparação, em uma situação que simula um caso real. Exercícios desse tipo reforçam a preparação da rede de vigilância em saúde para uma resposta rápida e eficiente frente aos desafios impostos pela doença.

Como está sendo realizado em um espaço de segurança restrita e, para garantir a sua qualidade, o exercício não foi aberto ao público e aos veículos de comunicação e não alterará o funcionamento normal do aeroporto. Outros exercícios semelhantes deverão realizados no futuro, em distintos locais.

O ministro finalizou a entrevista coletiva reforçando que é considerada improvável uma disseminação do vírus para outros continentes e lembrou que o Brasil não possui escalas diretas com as localidades em que o vírus está em evidência. O que dificulta ainda mais sua chegada no País.

“Existe uma ação de bloqueio que a Organização Nacional de Saúde (ONS) tem trabalhando de uma forma muito forte. Pessoas vindo de regiões em que o vírus em evidência passam por minuciosos acompanhamentos. Em cada aeroporto tem uma equipe que faz uma série de procedimentos e verificações, tanto de onde embarcam, como de onde desembarcam. E para chegar até o Brasil, ainda precisam passar por aeroportos estrangeiros, logo, será mais um bloqueio”, reiterou o ministro.

Fonte: Portal Brasil , com informações do Portal da Saúde