Exploração sexual é tema de debate em 10 capitais do País

A partir de setembro, começa a segunda etapa do ciclo de debates que abordam a prevenção e o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, que serão realizadas em 10 capitais do Brasil. O objetivo é sensibilizar profissionais ligados ao turismo, como empresários de hotéis, bares e restaurantes, entidades ligadas à saúde e demais setores interessados no tema, como estudantes, policiais e educadores.

Tráfico de mulheres - Reprodução

No primeiro semestre, os encontros foram realizados nas 12 cidades que sediaram os jogos da Copa do Mundo e mobilizaram, diretamente, cerca de duas mil pessoas. Foram distribuídas mais de meio milhão de peças de material publicitário, folhetos e adesivos a bares, hotéis, Centros de Atendimento ao Turista, rodoviárias e aeroportos de todo o Brasil.

As palestras serão gratuitas e vão ocorrer nas cidades de Aracaju (SE), Florianópolis (SC), Teresina (PI), João Pessoa (PB), São Luis (MA), Maceió (AL), Vitória (ES), Brasília (DF), Goiânia (GO) e Belém (PA). Nos encontros, o coordenador-geral de Proteção à Infância do MTur, Adelino Neto, apresenta a campanha Proteja Brasil, que estimula a população a prevenir e denunciar possíveis violações de direitos de menores por meio do Disque 100. A campanha também está na internet, com um aplicativo distribuído gratuitamente pela Google Play ou App Store. Professores, gestores públicos, líderes comunitários e demais entidades que participam do encontro podem ter acesso ao Manual do Multiplicador.

A qualificação profissional das vítimas de exploração sexual é uma das ações do governo federal com o Conselho Nacional do Sesi. O programa, que trabalha com jovens egressos do programa Vira Vida do Sesi, é uma oportunidade de ressocialização aos jovens que sofreram qualquer tipo de violência. O Vira Vida promove a elevação da autoestima e da escolaridade dos jovens para que explorem seu potencial e conquistem autonomia.

Entre janeiro a julho, o canal de denúncias Disque 100 registrou 12.471 casos de violência sexual. Uma parte considerável delas (3.067) refere-se à exploração sexual de crianças e adolescentes. As meninas são as principais vítimas identificadas (46,43%), de acordo com a Secretaria de Direitos Humanos. As denúncias são encaminhadas para o conselho tutelar, polícia civil ou militar. Centros de Apoio Operacional das Promotorias de Infância e Juventude avaliam e repassam para o acompanhamento das promotorias de infância.

Fonte: Portal Brasil