Aécio fala de Constituinte, mas esconde que votou contra trabalhadores

No programa de rádio e TV desta quinta-feira (21) o candidato tucano reprisou parte do que foi exibido na terça-feira (19) em que afirma que “o Brasil é muito melhor do que era”, mas que “hoje, está pior do que estava”.

Aécio TV

Na sua campanha pessimista, sem proposta e muito menos perspectivas, Aécio dedicou um espaço para dizer que foi deputado Constituinte. Exibiu imagens de um discurso dele durante as “Diretas, Já!” e destacou o parantesco com o presidente Tancredo Neves, seu avô. Mas Aécio não disse que votou contra os trabalhadores na Assembleia Constituinte.

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Deputado eleito pelo PMDB com 236 mil votos, Aécio foi avaliado com nota 5,5 pelo Diap, no livro “Quem foi Quem na Constituinte”, que fez uma avaliação dos parlamentares, variando de 0 a 10, de acordo com o posicionamento nas votações, contra ou a favor, aos interesses nacionais e dos trabalhadores.

O tucano votou contra a estabilidade no emprego, a jornada de 40 horas e contra o monopólio estatal do petróleo. Por outro lado, votou a favor do mandato de 5 anos para o então presidente José Sarney, o que atrasava a luta pelas Diretas.

Choque de gestão tucano em Minas

Reprodução da página do livro "Quem foi quem na Constituinte"
Aécio também falou sobre seu governo em Minas Gerais ressaltando que foi o governo que “cortou” o número de secretarias, gastou menos, mas investiu “no social”.
 
 

O que o tucano não disse é que gastou milhões na construção de um aeroporto em terras da família, na cidade de Claudio, e depois utilizou a pista de pouso no município para fins particulares de forma ilegal, já que a pista não tem homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Não falou das denúncias de gatos de pelo menos R$ 5 milhões para reformas em um aeroporto inexistente no município mineiro de Itabira. E que ofereceu um quarto do salário pago pelo programa federal Mais Médicos aos profissionais do estado, entre outras medidas de “choque de gestão”, como gosta de afirmar.