Padilha afirma que SP “vive falência explícita da segurança pública”

O candidato ao governo do Estado de São Paulo pela coligação “Para Mudar de Verdade” (PT/PCdoB/PR), Alexandre Padilha, esteve nesta terça-feira (19) na região chamada de Cracolândia, no centro de São Paulo, onde conheceu o trabalho da Guarda Civil Metropolitana, que usa ônibus equipados com câmeras e telas de monitoramento para gravar imagens da região. 

São Paulo, 19/08/14 – Candidato Alexandre Padilha (PT/PCdoB/PR) dentro do ônibus de monitoramento usado pela Guarda Civil Metropolitana na Cracolândia, centro de São Paulo.

Os ônibus foram doados pelo Governo Federal, como parte do programa Crack, é Possível Vencer.

Durante a visita, Padilha comentou a sensação de insegurança vivida por moradores do Estado. “É uma falência explícita da segurança pública no Estado. São 20 anos em que tivemos aumento dos índices de roubos, de latrocínio”. O candidato lembrou que essa realidade não afeta somente as grandes cidades e das regiões metropolitanas, mas também os moradores de cidades pequenas do interior. E reforçou a importância de adotar uma série de ações em conjunto para fazer que se possa fazer o enfrentamento dessa situação. “É importante criar a Força Paulista de Segurança, com integração das operações e do banco de dados das polícias. Essas imagens desses ônibus utilizados pela Guarda Civil podem ser usadas em tempo real pelas Polícias Militar e Civil. Existia um policial militar junto com a guarda civil. Por que não existe mais? O governador coloca seu projeto eleitoral à frente da segurança da população”, questionou o candidato.

Padilha ressaltou que o monitoramento feito nos ônibus mostra a importância da parceria entre instituições como Guarda Civil e Polícia Federal. “Esse ônibus mostra a relevância da integração. Aqui existe a abordagem do traficante, feita pela Guarda Civil, mas para descobrir quem está fornecendo a droga, quem é o ‘peixe grande’, seria importante a cooperação permanente com a Polícia Civil, para que ela faça a investigação. Infelizmente, o Governo do Estado não aposta na integração e perde a oportunidade de ser mais eficaz no combate ao crime”, comentou.

Padilha reforçou que tratamentos para dependentes químicos necessitam ainda de parcerias nas áreas da cultura, do esporte, atendimento aos familiares, leitos hospitalares para pessoas com crises agudas, ou seja, é necessária a formação de uma rede para aliviar o sofrimento do paciente e dos seus familiares. “Essa estrutura de ônibus de monitoramento é resultado de uma parceria firmada quando eu era ministro da Saúde da presidenta Dilma Rousseff com o município. E o Estado não quis participar da parceria”, criticou.

Ele também cobrou políticas voltadas para os jovens. “Não existe política de educação, políticas voltadas para a juventude. E o governador quer tirar o foco da segurança pública ao discutir projeto de lei sobre punição para menores infratores”, concluiu.

Antes da visita à Cracolância, o candidato participou de caminhada na região da Praça Ramos de Azevedo, também no centro da capital, ao lado do senador Eduardo Suplicy, candidato à reeleição, dos secretários municipais Paulo Frateschi (Relações Governamentais) e Jilmar Tatto (Transportes) e de cerca de 400 militantes. Padilha convidou todos a assistirem a propaganda eleitoral, que teve início hoje em cadeia de Rádio e TV, como forma de conhecer as propostas de governo para o Estado. “É um novo momento da campanha”, reforçou.

Reunião com prefeitos

No final da tarde, o candidato participou de uma reunião com18 prefeitos do PT de todo o Estado de São Paulo, realizada no Diretório estadual do partido. No encontro, foram discutidas ações de campanha para o interior do Estado e a ideia de criar um Comitê Suprapartidário de apoio à candidatura de Padilha, nos moldes do que tem sido feito na Campanha à reeleição da presidenta Dilma Rousseff.

Fonte: Analítica Comunicação