Diap: Por que Inácio Arruda é um dos cabeças do Congresso há 15 anos?

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) integra, em 2014, pela 15ª vez, a lista dos 100 “Cabeças” do Congresso Nacional, elaborada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Para o Diap, os “Cabeças” são os mais influentes parlamentares, que se diferenciam pela capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações.

Inácio Arruda - Lia de Paula/Agência Senado

A entidade considera que Inácio tem “facilidade para conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão. Enfim, é o parlamentar que, isoladamente ou em conjunto com outras forças, é capaz de criar seu papel e o contexto para desempenhá-lo”.

A trajetória pública de Inácio teve início no movimento de moradia, em Fortaleza. Ele foi, nos anos 1980, presidente da Associação dos Moradores do Bairro Dias Macedo e presidente da Federação de Bairros e Favelas de Fortaleza.

Sua primeira intervenção no Congresso foi durante a elaboração da Constituição de 1988: “Eu participei diretamente, indo à tribuna da Assembleia Constituinte, para defender as emendas populares, que vinham da articulação social, da pressão sindical, das associações comunitárias, dos diretórios e centros acadêmicos, da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). Essas instituições se reuniram para dar um viés inaudito à Carta, porque, pela primeira vez, a Constituinte recepcionava emendas populares. Era algo inovador” lembra o parlamentar.

Sua atuação no Legislativo começou como vereador de Fortaleza, de 1988 a 1990; deputado estadual, de 1991 a 1995; federal, de 1995 a 2007, e senador, desde 2007 é também representante do Brasil no Parlamento do Mercosul, Parlasul.

O Diap o considerou um dos 100 “Cabeças” do Congresso, pela primeira vez, em 1999. Mas sua atividade parlamentar já havia sido destacada anteriormente, tendo sido considerado um dos Quatro Melhores Vereadores de Fortaleza, pelo Comitê de Imprensa da Câmara Municipal, em 1989 e 1990; Vereador Nota 10, pelo Fórum Popular Constituinte de Fortaleza, Ceará, em 1990; e um dos Quatro Melhores Deputados Estaduais do Ceará, segundo o Comitê de Imprensa da Assembleia Legislativa, em 1991 e 1993.

No mesmo ano em que foi considerado pela primeira vez um dos Cem Cabeças do Congresso, Inácio também foi considerado um “Deputado Muito Atuante”, segundo o “De Olho no Congresso”, elaborado pela Folha de S. Paulo, fato que se repetiu até 2002. Em 2011, foi considerado o parlaentar que melhor se comunica pela Internet, pela Medialogue/Folha/IstoÉ.

No ano seguinte, pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos sobre o Congresso do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (IESP-UERJ) apontou Inácio como o quarto melhor senador do país. Também em 2012, pesquisa divulgada pela Folha de S. Paulo apontou Inácio como uma das lideranças mais influentes do Congresso.

Inácio tem atuação destacada, também, no tratamento da questão urbana – foi relator e autor do substitutivo do Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001), que regulamenta os instrumentos da política urbana brasileira.

Esse reconhecimento é fruto das ações, pronunciamentos, projetos e articulações de Inácio, dentro e fora do parlamento, em defesa do desenvolvimento e das obras estruturantes do país, da atuação do Estado como indutor do crescimento econômico com inclusão social, do fortalecimento e ampliação dos direitos trabalhistas, pela igualdade de direitos entre mulheres e homens e pela paz e solidariedade entre os povos.

De Brasília, Carlos Pompe