Dilma defende reforma: O país é mais avançado que o sistema político

A presidenta Dilma Rousseff voltou a defender nesta quinta-feira (31) a realização da reforma política no país. Em entrevista à Rádio Metrópole, da Bahia, ela afirmou que está comprometida com a realização de um plebiscito no qual a população será consultada se concorda com o atual sistema eleitoral.

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“Acredito que só uma grande mobilização e consulta popular cria a legitimidade para fazer a reforma política. Eu acredito que a reforma política só sai se tiver a participação popular, se tiver a manifestação da população brasileira”, enfatizou.

Ela afirmou ainda acreditar que é longo o prazo de 20 anos para a realização dessas mudanças na legislação do país. “O país é mais avançado que o sistema político”, completou.

A verdade vai vencer o pessimismo

A candidata à reeleição, destacou que hoje o Brasil vive um processo de criação de expectativas negativas em relação a aspectos econômicos, energéticos. “O mote da minha campanha é: a verdade vai vencer o pessimismo. O que vence o pessimismo é a verdade de fato, e isso que estamos mostrando e falando”.

Saúde

A presidenta citou o envio de médicos do Programa Mais Médicos para atender a demanda do Estado. “Melhoramos a qualidade do atendimento médico baiano. Nós trouxemos 136 médicos para 367 municípios baianos. Estes médicos conseguem, na atenção básica resolver 80% dos problemas”, disse Dilma, que propôs a ampliação do atendimento com a ampliação do atendimento especializado e da oferta de exames.

“Queremos partir para a criação do serviço que garanta agilidade no atendimento do médico especialista, aquele que vai cuidar de um problema de coração, aquele ortopedista, e ao mesmo tempo garantir acesso a exames laboratoriais”, afirmou Dilma.

Inflação

Ao tratar sobre inflação a presidenta explicou que no Brasil ela sempre cresce no primeiro semestre e cai no segundo. Assegurou ainda que a inflação está sob controle, que já começou a cair e que vai fechar o ano dentro da meta.

Dilma lembrou, ainda, que o Brasil é um dos países que tem a menor dívida pública e que isso foi possível graças às ações contínuas vindas desde o Governo Lula. “Quando subimos ao governo, a dívida líquida com relação ao que produzimos – divida líquida do país em relação ao que a gente ganhava – era de 60%. Hoje ela é de 34,2%. (…) a dívida liquida do Brasil está absolutamente sob controle. Asseguro, é uma das menores do mundo”.

Mobilidade Urbana

O Governo Federal já investiu R$ 5,9 bilhões em mobilidade urbana no estado da Bahia. A presidenta ainda reforçou que para o segundo mandato a prioridade é concluir tanto a linha 1, que vai da Lapa ao Acesso Norte, a linha 2, que liga o Acesso Norte á Lauro de Freitas, e ainda quer criar o acesso três. “Essa questão da mobilidade é essencial pra nós. Concluir o VLT (Veículo Leve sob Trilhos) e ampliar todos os outros percursos que façam a Bahia ter um transporte público de qualidade”.

Energia

A presidenta Dilma reforçou o governo federal fez o dever de casa e que o país não passará por outro racionamento de energia. “(O) racionamento de 2011 foi responsável por uma queda de 2% no PIB. Queriam criar uma expectativa de instabilidade. Empresário pensa, ‘vou investir’, e quando pensa em racionamento, diz ‘não vou investir, se faltar energia, como vou produzir?’. Isso é um absurdo”.

Dilma ainda fez uma comparação entre os quatro anos de seu governo e os oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso. “Comparando, através de investimento, tive em torno de 20 mil MW em 4 anos de geração, de ampliação de geração, hidrelétrica, térmica e alternativa. No período de 8 anos do Fernando Henrique Cardoso, só houve 21 mil. Veja só, um quadro assim só podia dar racionamento. O pior não é isso. O pior é que em 4 anos fiz o dobro de linha de transmissão”, destaca.

Por Ramon de Castro, do Vermelho, com informações do site da Campanha

Ouça a entrevista na íntegra na Rádio Vermelho: