Gilberto Carvalho: "Derrota do Brasil não interferirá nas eleições"

A derrota do Brasil na semifinal da Copa do Mundo, terça-feira passada (8), não terá nenhuma influencia nas eleições de outubro próximo, de acordo com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Em coletiva à imprensa nesta quinta-feira(10), o ministro declarou que em caso de vitória do Brasil também não teria impacto nas urnas.

"Vamos trabalhar até o ultimo dia da Copa para que a grande maioria do povo brasileiro isole esse tipo de atitude." Gilberto Carvalho

“Qualquer estudo da história do Brasil mostra que essa tese não se sustenta. Já houve Copa em que a seleção ganhou e a oposição venceu, e [em que] a seleção perdeu e a situação ganhou”, disse ele. “O único risco seria se houvéssemos passado vergonha perante o mundo, de não darmos conta de realizar este evento. Aí sim, teríamos passado atestado de incompetência, e isso poderia interferir na análise da capacidade de gestão desse ou daquele governante”, disse ele.

Para Carvalho, daqui a duas semanas, quando começar o debate eleitoral, outras questões estarão em pauta, como programa de governo e a história dos candidatos.

Ainda de acordo com o ministro, a derrota do Brasil foi um incidente futebolístico, e mesmo que a seleção tivesse obtido a vitória os problemas do futebol brasileiro – "como denúncias de corrupção, evasão dos craques, falência dos clubes” – são antigos e devem ser sanados.

“Somos um país marcado pela corrupção, que durante muito tempo ficou debaixo do tapete. Quando começamos a valorizar a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da República, dar-lhes autonomia real, criar mecanismos como o Portal da Transparência e a Lei de Acesso à informação, tivemos uma implosão de corrupção que antes não tínhamos”, disse ele.

O ministro afirmou também que caso a oposição crie uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Copa, como foi anunciado ontem (9), apenas ajudará a mostrar que os estádios têm padrão excelente, com preço por assento mais baixo do que em outros países. “Essa não é uma preocupação para nós. Pelo contrário, estamos muito abertos a qualquer dúvida quanto a isso”, disse ele.

Fonte: Agência Brasil