Presidente da Google visita Cuba para apoiar o fim do bloqueio

Erick Schmidt, presidente da empresa norte-americana Google, visitou Cuba na última semana. Durante sua estadia, onde visitou as principais universidades cubanas de ciência e tecnologia para debater com estudantes, professores, representantes de movimentos sociais e do governo popular sobre o fim do bloqueio a Cuba e os novos rumos tecnológicos graças ao cabo submarino desde a Venezuela que leva internet banda larga até a maior das Antilhas.

Por Ramon de Castro, do  Vermelho, com agências

erick google - Reprodução

"Os Estados Unidos deveriam superar sua história e eliminar o bloqueio econômico contra Cuba", afirmou o presidente da Google. "Estas políticas não parecem razoáveis: há dezenas de países aos quais consideramos aliados e aonde nos permitem viajar e que o governo dos EUA considera uma ameaça muito maior", afirma Schmidt.

"Os dois maiores avanços da Revolução (cubana), são o sistema universal de saúde gratuito para todos os cidadãos, com médicos muito bons, e a clara maioria de mulheres em escalões executivos e de gerência no país. Quase todos os líderes que conhecemos eram mulheres, e uma delas gracejou conosco, com um amplo sorriso, dizendo que a Revolução prometeu a igualdade", falou o presidente da Google.

"O embargo agora codificado na Lei Helms-Burton de 1996, define tudo para os EUA e Cuba. O governo dos EUA qualifica Cuba de ‘Estado patrocinador do terrorismo’ no mesmo plano que a Coreia do Norte, Síria, Irã e Sudão do Norte. As viagens ao país são controladas por uma entidade norte-americana chamada OFAC (Gabinete de Controle de Ativos Estrangeiros dos Estados Unidos) e não nos permitia fazer nada, a não ser ter reuniões de negócios, e nosso hotel devia custar menos de US$ 100 diários e as despesas totais no dia de US$ 188. Não é surpreendente que em Havana haja muitos apartamentos nos hotéis que custam US$ 99.”, contou Erick.

Schmidt afirma que "Cuba terá que abrir sua economia, e os EUA terão que superar sua história e eliminar o embargo. Ambos os países têm que fazer algo que é difícil de fazer do ponto de vista político, mas valerá a pena".

Acompanharam-no os diretivos de sua empresa Jared Cohen, Brett Perlmutter e Dan Keyserling.