PCdoB envia mensagem às forças  políticas de esquerda da Colômbia

No próximo dia 15 de junho a Colômbia voltará as urnas para a eleição em segundo turno do presidente da República, em uma disputa na qual encontra-se o atual presidente Juan Manuel dos Santos e Oscar Ivan Zuluaga. Trata-se de uma de importante disputa, que tem como centro a busca pela paz ou o retorno da política de guerra. As eleições deste domingo são um referendo ao processo de paz com justiça social, democracia e soberania nacional.

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), tem acompanhado com atenção a campanha eleitoral que se desenvolve neste país irmão. O PCdoB felicita o Pólo Democrático Alternativo, a União Patriótica e o Partido Comunista Colombiano, pela importante campanha desenvolvida no primeiro turno, que levou com que a chapa Clara López e Aída Avella, tenha tido quase três milhões de votos, em uma clara demonstração de apoio nas urnas à unidade das forças progressistas.

No entanto, o segundo turno das eleições presidenciais na Colômbia será disputado por dois representantes das forças dominantes, que possuem uma importante contradição entre si, a busca pelo caminho da paz com as forças insurgentes Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) e Exército de Libertação Nacional (ELN), ou a opção pela guerra.

O candidato Óscar Zuluaga representa a extrema direita, liderada pelo ex-presidente Álvaro Uribe que, em seus oito anos de governo, promoveu a criminalização das lutas sociais, violou direitos humanos, desenvolveu uma política militarizada, e apostava todas suas fichas em uma saída militar para o conflito armado colombiano. Uribe tornou-se um dos principais inimigos da integração regional, violou a soberania territorial de países vizinhos, concedeu autorização para a instalação de bases militares estadunidenses em solo colombiano. Hoje o seu candidato, Oscar Zuluaga, defende o fim dos diálogos de paz e aposta em uma saída militar para o conflito.

A candidatura de Zuluaga é uma ameaça a paz e a estabilidade da região. Sua vitória é o retorno da política de provocação e hostilidade aos países vizinhos, como é o caso da Venezuela e do Equador. De igual modo poderá provocar um novo ciclo de violência interna na Colômbia, com conseqüências que afetariam a todos os países vizinhos e ampliaria o sofrimento da população que vive nas zonas de conflito.

Neste sentido o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) se solidariza com as forças progressistas e de esquerda colombianas que tem realizado um chamado a fazer do voto um instrumento em defesa da paz. O interesse maior do povo colombiano nesta quadra histórica é a busca de uma solução política ao conflito armado. Explorar as contradições dos setores dominantes e, derrotar o candidato guerrerista e fascistoide, torna-se a prioridade das forças progressistas deste país irmão.Trata-se de um voto pela continuidade dos diálogos de paz, trata-se de um voto contra a guerra e pela paz.

Ricardo Alemão Abreu – Secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)