Combate à Aids e à homofobia é debatido em seminário LGBT 

O Congresso Nacional promoveu, nesta terça-feira (3) o 11º Seminário LGBT com o objetivo de produzir subsídios legislativos e conteúdos para a mídia pública do Congresso sobre os caminhos de enfrentamento da Aids e o combate à homofobia. O destaque dos debates do tema central do evento "Aids: formas de saber, formas de adoecer" foi para a busca da eficácia de leis que protejam populações de maior risco, além da implementação de políticas públicas específicas e campanhas preventivas.

Combate à Aids e à homofobia é debatido em seminário LGBT - Agência Câmara

O seminário, que reuniu representantes do governo federal, acadêmicos, sociedade civil e especialistas, foi analisado positivamente pela deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), que participou do evento. Para ela, com a realização periódica desses seminários, o Parlamento vem conseguindo “destrinchar os temas que compõem culturalmente a homofobia no país”.

Este é o oitavo ano que a parlamentar participa dos debates. Segundo ela, apesar da legislação brasileira estar avançando no combate à homofobia, o país ainda precisa vencer as barreiras culturais.

“Por diversos anos trabalhamos apenas os temas da discriminação e da homofobia, mas ao abrirmos o universo real, de como a homofobia se constrói, de como se exclui uma parte gigantesca da população, vamos enriquecendo não apenas o movimento, mas o conjunto de parlamentares que se dispõem a lutar pelas causas LGBT”, afirmou.

Em referência à lei que entrou em vigor nesta terça-feira e torna crime a discriminação de pessoas com vírus HIV e doentes de Aids, com pena prevista para quem discriminar os soropositivos de um a quatro anos de reclusão, a parlamentar questiona se a sociedade deve querer levar para a cadeia os preconceituosos ou formar cidadãos sem preconceito.

E lamentou a derrota vivida na votação do Plano Nacional de Educação (PNE), que tentou incluir a promoção de igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual nas escolas e foi derrotado pelos grupos religiosos.

“Temos que pensar quais são as políticas que queremos discutir com o governo para avançar no combate ao preconceito e à epidemia no Brasil”, sugeriu Manuela.

Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Lid. PCdoB na Câmara