Chile: Camila Vallejo assume cargo e comunistas voltam ao governo

Três anos depois de ser o rosto dos protestos estudantis, que deram início a uma discussão profunda sobre a necessidade de uma reforma educacional, a comunista Camila Vallejo, assumiu na manhã desta terça-feira (11) o cargo de deputada no Congresso do Chile e se converteu na representante mais jovem da Câmara. 

Camila Vallejo é eleita e comunistas ganham espaço no Chile - Reuters

A deputada Camila integrará a Comissão de Educação. Em uma breve cerimônia de posse do novo Parlamento, a geógrafa de 25 anos chega à Câmara junto a outros cinco integrantes de seu partido, que presumem ter o maior grupo parlamentar desde o golpe de 1973.

O Partido Comunista faz parte do governo e, pela primeira vez em 40 anos, tem uma de suas militantes no gabinete: Claudia Pascual, ministra do Serviço Nacional da Mulher. Os comunistas representam cerca de 6% da força eleitoral chilena e neste novo período deverão conciliar a responsabilidade de integrar o governo com seu interesse de não perder influência nos movimentos sociais.

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Em passagem pelo Chile para uma palestra, no final do ano passado, o o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, elogiou Camila: "Ela representa um novo pensamento para a política latino-americana", disse.

Em discurso na sede da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Lula lembrou que, em 2011, Vallejo o convidou para uma visita a Santiago, durante os protestos estudantis chilenos. Ele explicou que não poderia aceitar a oferta para evitar problemas diplomáticos, arrancando risos da plateia.

Da redação do Vermelho,
Com informações de agências de notícias