Entrega simbólica do vale-cultura mobiliza mercado editorial

O Vale-Cultura foi tema de mobilização de diversas instituições ligadas ao mercado editorial, na manhã desta terça-feira (11). Isso se deu em virtude da participação da ministra da Cultura, Marta Suplicy, na cerimônia de entrega simbólica de um cartão do Vale-Cultura que a empresa Saraiva, rede de lojas e editora, fez a seus colaboradores. A empresa já conta com a adesão de 90% dos funcionários, com ganho de até 5 salários mínimos, ao Vale-Cultura.

Vale-Cultura - Reprodução

Thais Aparecida Marques dos Santos representou todos seus companheiros de trabalho ao receber das mãos da ministra o cartão. Thais contou para Marta Suplicy que está planejando usar os recursos do Vale na próxima Bienal do Livro de São Paulo que vai acontecer de 22 a 31 de agosto deste ano.

"Descoberta de uma nova faixa de leitores"

Para Maurício de Sousa, autor de personagens clássicos das literaturas infantil e juvenil brasileira, como Mônica, Cebolinha, Cascão, entre tantos outros, "o Vale-Cultura é uma ideia maravilhosa, gera a descoberta de uma nova faixa de leitores que estava meio escondida, era um nicho que precisávamos atingir". Ele também estava presente à cerimônia que foi marcada por ampla presença do setor ligado à produção de livros no Brasil e autores.

Estiveram lá também, presidentes e/ou representantes da Associação Brasileira de difusão do Livro, Associação Brasileira de Editores de Universidades, Associação Brasileira de Autores de Livro Educativo, Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares, Associação Nacional de Livrarias, Instituto Pró-Livro , Liga Brasileira de Editores, Rede de Escritoras Brasileiras, Sindicato Nacional dos Editores de livro e a União Brasileira de Escritores.

"Com a presença de todos que aqui estão hoje, conseguimos um gol que é essa união para que consigamos fazer dos livros uma das prioridades no Vale", disse Marta Suplicy ao iniciar sua fala.

A ministra ainda lembrou aspectos importantes que devem fazer com que os livros sejam um dos principais objetos de compra com o benefício. Além de citar o encantamento gerado pela leitura, "a gente começa em um livro e acaba indo para outro", a ministra ressaltou a importância da leitura na atual conjuntura do país: "As classes que estamos incluindo com o Vale-Cultura dão muita atenção à educação. As classes C, D e E têm como prioridade, a educação dos filhos.".

O impacto do Vale-Cultura

As perspectivas do Vale-Cultura para o mercado editorial foram tratadas pela presidenta da Câmara Brasileira do Livro, Karine Pansa. Segundo ela, em uma estimativa de o Vale chegar a oitocentos mil trabalhadores, se cada um comprar 1 livro por mês, o mercado deve crescer até 5%, em comparação aos dias atuais. Karine ainda disse que quando o Programa atingir sua meta final, de abranger 42 milhões de pessoas em todo o País, um livro por mês comprado por trabalhador significaria a venda de 42 milhões de exemplares mensais, ou 504 milhões por ano. Este volume representa um aumento de 87,66% dos livros vendidos no Brasil em 2012, por exemplo.

Incentivo à leitura

Diante da plateia com tanta representação do setor editorial, Marta Suplicy ainda falou sobre algumas medidas que estão sendo tomadas para o incentivo à leitura no Brasil. Ao lado de José Castilho Marques Neto, secretário executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL, a ministra anunciou que a programação e meta estabelecida para 2014 é enviar e aprovar, no congresso, o projeto de lei do PNLL. Também anunciou o lançamento de editais para o estímulo a autores e para o fomento a leitura que deve ser feito entre as duas próximas semanas.

Fonte: Ministério da Cultura