Deputado quer punir empresas que desistiram da exploração de gás 

O deputado Osmar Júnior (PCdoB-PI) anunciou que nesta terça-feira (10) vai entrar com pedido junto a Agência Nacional de Petróleo (ANP) para que as empresas que arremataram lotes no leilão de gás natural e desistiram tornem-se inidôneas. O objetivo da ação é que nenhum dos três grupos empresariais que desistiram de oito lotes de exploração de gás no Piauí não possam mais participar de licitações públicas.  

Deputado quer punir empresas que desistiram de explorar gás - Antonio Azevedo/Divulgação OGX

Segundo o parlamentar (Foto), as empresas “prejudicaram” os interesses do Brasil e do Piauí e vão “atrasar” processo de exploração de gás no Estado. Osmar Júnior adiantou que vai solicitar providências imediatas para que outras empresas possam assumir a exploração do gás natural no Piauí.

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgou na sexta-feira (6) que três empresas não pagaram o bônus referentes a oito dos 14 blocos de gás a serem explorados no Piauí. O leilão da 11ª Rodada de Licitações aconteceu em maio, no Rio de Janeiro (RJ).

Entre as empresas que não pagaram está a OGX Petróleo e Gás S.A., do bilionário Eike Batista, que arrematou os blocos PN-T-153 e PN-T-168. Além destes, outros sete adquiridos pela empresa em outras áreas não foram pagos.

Outra empresa que não efetuou o pagamento até o dia 30 de agosto, quando acabou o prazo, foi a Petra Energia. O grupo arrematou cinco lotes em solo piauiense e abdicou de todos. A mesma Petra deixou de assinar o contrato para outros quatro lotes na bacia do Parnaíba. A Sabre Internacional de Energia deixou de pagar três lotes, entre eles o PN-T-169, no Sul do Piauí.

Os únicos lotes piauienses pagos foram os quatro obtidos pelo consórcio formado pelas empresas Petrobras e Petrogal (Galp Energia), de Portugal, e dois da empresa Ouro Preto.

Segunda chance

A Comissão Especial de Licitação da ANP divulgou que as empresas remanescentes serão convocadas para manifestarem interesse em cinco dias úteis, após publicação no Diário Oficial.

O problema é que dos oito lotes não pagos no Piauí, os segundos colocados são empresas que já desistiram de lotes que haviam arrematado. A OGX, por exemplo, tem a preferência em três deles. A Petra, em outros dois. Os outros três ainda podem ser adquiridos pela Imetame Energia, Ouro Petro e Petrobras.

O investimento esperado após o leilão era de R$ 443 milhões nos próximos quatro anos, valor que agora pode diminuir em razão do que foi ofertado pelas empresas que ainda podem pagar pela exploração de gás, vista pelo Governo do Estado como importante fonte de desenvolvimento, a exemplo do que a OGX já promove no interior do Maranhão.

Da Redação em Brasília
Fonte: www.cidadeverde.com