Rio inspira-se em exemplo londrino para Olimpíadas de 2016

Professores e pesquisadores de universidades britânicas e brasileiras, especialmente do Rio de Janeiro, discutiram nesta segunda-feira (2) o legado educacional das Olimpíadas de Londres, em 2012, e o que vai ficar dos próximos jogos, em 2016, na capital fluminense.

Olimpiadas de Londres 2012

O seminário Legados Educacionais: Londres 2012 e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016 teve ainda participação de profissionais que capacitaram voluntários para os jogos na capital britânica.

O Arquivo Nacional, na Praça da República, na região central da cidade, foi escolhido pela Autoridade Pública Olímpica (APO), para sede do vento por se tratar de um lugar que guarda a memória histórica do país. O principal tema discutido no encontro foi como manter a estrutura educacional após o término dos Jogos. O Consórcio Acadêmico 2016 (ConRio), que reúne as principais instituições federais do Rio, vai desenvolver um programa para apoiar o trabalho realizado nas Olimpíadas.

A diretora de operações e serviços da APO, Rejane Penna, disse que a aproximação com os profissionais que capacitaram voluntários para os Jogos de Londres começou durante o evento no ano passado. “Participamos da preparação, acompanhamos jogos e pós-jogos para fazer transferência de conhecimentos para a organização local. No Brasil, não estamos trabalhando só com universidades e cursos técnicos de educação, mas também com o Sistema S (Sesc, Sesi, Senai, Sebrae, Senac), que inclusive podem ser fonte de informação sobre tecnologia.”

Para o professor da Universidade Federal de Santa Catarina Júlio César Rocha, a cultura desportiva pode ser uma grande aliada no desenvolvimento do ser humano, principalmente se atrelada à educação. “Com projetos bem definidos, com políticas governamentais carreadas em diferentes espaços e contextos do Brasil, conseguiremos ampliar a capacitação para outras regiões do país", disse Rocha. Ele explicou que, como o Brasil é muito grande e tem contextos diversos, cada região pode ter seu modo de fazer as coisas, mas o mais importe é a política da formação do ser humano pela cultura desportiva, que é também uma das formas de ele se desenvolver.

Diretor de uma das empresas que promovem a parceria entre as universidades brasileiras e britânicas, transmitindo conhecimento, Julian Vennis ressaltou que o desempenho dos brasileiros nas Olimpíadas vai depender do esforço empregado na realização do evento”. Para Vennis, a população deve se sentir parte do evento, e não apenas espectadora.

Fonte: Agência Brasil