Bolívia abre a Cúpula Anti-imperialista em Cochabamba

A Cúpula Anti-Imperialista, convocada pelo Pacto Social boliviano, foi aberta oficialmente nesta quarta-feira (31) na cidade de Cochabamba, centro da Bolívia, com a presença do vice-presidente Alvaro García Linera e do chanceler David Choquehuanca.

O ministro de Relações Exteriores e o presidente da Assembleia Legislativa Plurinacional serão os últimos oradores de um dia iniciado com o credenciamento das delegações convidadas à reunião, algumas das quais chegaram na terça-feira (30).

Os primeiros a chegar foram os nicaraguenses, representantes da Juventude Sandinista 19 de Julho, enquanto está prevista a chegada dos representantes cubanos e o grosso dos delegados argentinos.

As atividades oficiais foram iniciadas antes do meio dia no Hotel Cochabamba, sede principal e vila do evento, com discursos de representantes da cada um dos movimentos sociais, os quais antecederam a Choquehuanca e García Linera.

Quinta-feira terá continuidade o trabalho em comissões, as quais, em um total de cinco, se realizarão também no hotel, e para a a sexta-feira está previsto um ato de massas na central avenida Blanco Galindo, liderado pelo presidente Evo Morales.

A chamada Cúpula Anti-imperialista foi convocada no início do mês por cinco organizações sociais bolivianas com a intenção de condenar o bloqueio que sofreu o presidente Evo Morales em seu regresso da Europa em 2 de julho.

Morales voltava de Moscou, onde participou no Foro de Nações Exportadores de Gás e se reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, mas os governos da França, Espanha, Itália e Portugal impediram o sobrevoo e operações do avião presidencial, o que levou-o a realizar uma aterrissagem de emergência em Viena, Áustria.

Morales permaneceu 15 horas retido no aeroporto da capital austríaca, onde o embaixador espanhol, Alberto Carnero, tentou revistar seu avião em mais de uma oportunidade para ter certeza que não viajava a bordo o ex-agente estadunidense Edward Snowden, procurado por Washington.

Desde o primeiro momento, governos e organizações sociais de todo mundo expressaram seu repúdio às posições dos referidos governos, os quais, nas semanas seguintes, ofereceram suas desculpas ao mandatário boliviano.

Mais de mil pessoas de mais de uma dezena de países devem participar da Cúpula de Cochabamba, segundo cifras oferecidas pelos organizadores.

Fonte: Prensa Latina