"O brasileiro é sujeito ativo da construção desse novo Brasil"

Essa foi a opinião compartilhada pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na noite desta terça-feira (14), em Porto Alegre, durante seminário em comemoração aos 10 anos de governo democrático e popular. O evento, que contou com a participação do presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão e os dirigentes de partidos aliados, discutiu as conquistas do país no último decênio, os programas sociais, a política de aproximação comercial com América Latina e África e conjuntura nacional.

Dilma e Lula - Foto: Diogo Sallaberry / Futura Press

Segundo ele, o Brasil conquistou seu lugar no mundo, o brasileiro também e não precisamos pedir licença a ninguém. Lula destacou as importantes conquistas de cargos internacionais que tivemos nos últimos anos com a escolha de candidatos brasileiros para a direção da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Brasil otimista

Durante sua fala a presidenta Dilma Rousseff destacou que o país é hoje “umas das vozes que se erguem no que se refere a dar ao mundo uma alternativa que não seja à desesperança e inexistência de perspectiva. Ao contrário de muitos segmentos no país que fazem o papel de pessimistas sistemáticos, a visão que se tem no país é muito mais realista, porque se percebe o imenso potencial que se tem”, disse a presidente no evento que tinha como temática a geopolítica e a posição brasileira no cenário internacional.

Segundo Dilma, uma das críticas prediletas contra seu governo tem sido sobre uma suposta fragilidade da Petrobras, enquanto os números sugeririam o oposto. “Um dos pratos prediletos a críticas tem sido a fragilidade da Petrobras. E aí é extraordinário que a Petrobras, há três dias, tenha captado R$ 11 bilhões. Hoje houve um leilão de blocos de petróleo e foram arrecadados R$ 2,8 bilhões”, disse.

Sobre a colocação do presidente Lula em relação a política internacional, a presidenta Dilma concordou e acrescentou que “é possível uma ordem multilateral diferenciada”, afirmou ela. Dilma ressaltou ainda a importância da África tanto como parceiro comercial quanto em termos de trocas culturais e histórica. Ela lembrou que o continente foi responsável pela maior parte dos votos que elegeu o brasileiro Roberto Azevêdo para a OMC.

 
Partido da mídia

A crítica a postura assumida pelos grandes veículos de comunicação foi o ponto em comum nas falas do presidente do PT, Rui Falcão, do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Eu acho um absurdo que determinados setores da comunicação do Brasil estejam exilados no Brasil. Eles não estão compreendendo o que está acontecendo no País”, disse o ex-presidente.

Para o governador Tarso Genro, a oposição manipula a opinião pública através dos meios de comunicação por não ter projeto para o País. “A oposição está sem rumo e sem projeto, a oposição não tem projeto para o País, para um novo patamar de coesão do desenvolvimento social. Quando a direita se vê perdida em sua capacidade econômica, ela apela para a desconstituição da democracia, seja através de atos de força, como da manipulação da opinião pública que eles tendem a realizar através dos grandes meios de comunicação”, disse.

Com agências