Detenção administrativa: Israel nega recurso a político palestino

Uma corte israelense em Jerusalém rejeitou nesta terça-feira (12) um recurso do parlamentar palestino Ahmad Attoun contra a sua prisão, e emitiu uma ordem para que ele seja mantido sob “detenção administrativa” por seis meses, de acordo com um grupo de apoio aos prisioneiros. 

Arhamd Attoun, parlamentar do Hamas - The Electronic Intifada

Attoun (que é de Jerusalém, expulso para a Cisjordânia por ser um membro do Hamas) foi detido em Ramallah no dia 4 de fevereiro, e encarcerado sob “detenção administrativa” em 14 de fevereiro, o que foi reafirmado nesta segunda-feira (11).

De acordo com uma lei israelense, o instrumento jurídico denominado “detenção administrativa” permite detenções de palestinos “suspeitos” de ações violentas (em que uma vasta gama de posturas de resistência é enquadrada), sem julgamento, por períodos indefinidamente renováveis de seis meses, arbitrariamente.

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O político recorreu da decisão em uma corte de Jerusalém, que recusou o pedido de liberação.

Attoun e dois outros oficiais do Hamas permaneceram dentro de um escritório da Cruz Vermelha (ou Crescente Vermelho) em Jerusalém por mais de um ano para impedir a detenção israelense ou a expulsão. Entretanto, foram presos e enviados para a Cisjordânia, depois de cumprirem uma sentença, ainda em 2011.

Ao menos 15 parlamentares palestinos estão atualmente em prisões israelenses, muitos deles sob “detenção administrativa”, sem acusação ou julgamento.

Com Wafa,
Da Redação do Vermelho