Palestinos manifestam-se por prisioneiros em greve de fome 

Soldados israelenses entraram em confrontos nesta sexta-feira (15) com protestantes palestinos numa manifestação de solidariedade a um prisioneiro em greve de fome, que questiona seu encarceramento.

Protestantes apoiam prisioneiros palestinos em greve de fome - Al-Jazeera

As Forças de Defesa de Israel disseram que cerca de 200 palestinos atiraram pedras contra os soldados, que responderam com gás lacrimogêneo durante a manifestação, em frente à prisão Ofer, na Cisjordânia ocupada por Israel.

Os protestantes pediram a libertação de Samer Issawi, que Israel diz estar começando e pausando sua greve de fome por meses. Issawi, de 35 anos, foi liberado em 2011 numa troca que envolveu 1000 prisioneiros palestinos pelo soldado israelense Gilad Shalit, mantido cativo na Faixa de Gaza. Em 2012, porém, Issawi foi preso novamente.

Alguns prisioneiros tinham sido liberados com várias limitações, incluindo de viagens; era o caso de Issawi. A porta-voz do Serviço Prisional de Israel Sivan Weizman disse que ele foi preso outra vez depois de violar os termos de sua liberação.

Sivan disse que Issawi foi preso por “atividades terroristas” e sentenciado a 26 anos de prisão, mas depois liberado, em 2011, depois de 6 anos detido.

O ministro palestino para assuntos de detenção, Issa Qaraqe, disse que Issawi começou sua greve de fome em agosto e não a está pausando, como sugerem os oficiais israelenses. Issawi perdeu 35 quilos, segundo Qaraqe, tem problemas nos rins e perdeu a sensibilidade em regiões do lado direito do corpo.

Sua irmã Shireen disse que ele tem estado em greve de fome por 206 dias. Também afirmou que ele só tem bebido água, desde janeiro. Ela disse que a prisão levou seu irmão para um hospital israelense para tratamento.

A situação dos prisioneiros é bastante emocional para os palestinos, depois de décadas de ocupação israelense nos territórios palestinos, em que centenas de milhares de palestinos estiveram encarcerados.

Recentemente, palestinos feitos prisioneiros têm entrado em greve de fome mais frequentemente para pressionar por direitos. De acordo com ONGs de direitos humanos, em dezembro de 2012 havia 307 palestinos em “detenção administrativa” em prisões israelenses, incluindo 21 membros do Conselho Legislativo Palestino eleito em 2006.

Fonte: Al-Jazeera
Tradução da Redação do Vermelho