Brasil: 43º em tecnologia de informação, 3º no “Second Life”

Entre 64 países, o Brasil ocupa o 43º lugar no Índice de Competitividade da Indústria de Tecnologia de Informação. O ranking foi elaborado pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU). Já entre as nações no mundo virtual do Second Life

O ranking da EIU, também liderado pelos Estados Unidos, levou em conta a oferta de mão-de-obra qualificada, o estímulo à criatividade, a infra-estrutura tecnológica, e a regulamentação para o setor de tecnologia da informação. Japão, Coréia do Sul, Reino Unido e Austrália completam o grupo dos cinco países mais competitivos. Entre os países Bric (bloco que reúne nações emergentes), o Brasil é mais bem posicionado, com a Índia no 46º lugar, a Rússia no 48º, e a China no 49º.


 


Entre os países latino-americanos, o Chile é o destaque, na 31ª posição. O último colocado no índice é o Irã. A EIU observou que muitos países emergentes, como Brasil, Rússia, Malásia e Vietnã, apresentam uma performance positiva em pelo menos um dos aspectos da competitividade tecnológica, além registrarem uma melhora no quesito de mão de obra qualificada.


 


“A criação de nichos no desenvolvimento de software e serviços representa a melhor chance para esses países subirem no ranking”, afirmou a consultoria. O diretor de pesquisa tecnológica global da EIU, Denis McCauley, ressaltou existir uma forte ligação entre a presença nos países de fatores de estímulo de competitividade e força de seus setores tecnológicos.


 


“Governos e líderes empresarias precisam prestar muita atenção nesses fatores se pretendem estimular a competitividade global de suas indústrias de tecnologia de informação”, disse.


 


Second Life


 


Em compensação, o Brasil não pára de crescer no Second Life. Em maio, o país aparecia em quinto lugar, atrás de Reino Unido e França, agora ultrapassados. O relatório da Linden Lab quantifica dados de usuários ativos, que entraram no metaverso nos últimos sete dias do mês.


 


Foram 36.385 avatares brasileiros – o equivalente a 7,35% do total -, contra 130.928 (26,45%) norte-americanos e 45.107 (9,11%) alemães. Atrás do Brasil estão, nesta ordem, Reino Unido, França, Japão, Itália, Espanha, Holanda e Austrália.


 


O Brasil foi o primeiro país a ter uma versão em língua não-inglesa. Distribuído pela Kaizen Games desde abril, o Second Life Brasil registrou média de 200 mil novos avatares por mês. O crescimento é visível no metaverso. Apenas nesta semana, três novas ilhas brasileiras (como são chamados os territórios no jogo) estão sendo inauguradas: Guarujá, Ilha Brasil Sul e Ilha do Espelho. A Ilha Portal deve ser aberta ainda em julho.


 


A representação tupiniquim no mundo virtual é tão grande que, proporcionalmente, já há mais brasileiros lá do que no mundo real. Com cerca de 188 milhões de habitantes, o Brasil tem hoje 2,8% da população terrestre e ocupa 1,66% da superfície. No SL, a área brasileira chega a 2% das terras.


 


Mais números


 


O fenômeno de crescimento do Second Life não é apenas brasileiro, mas da língua portuguesa em geral. O pequeno Portugal, com 10 milhões de habitantes no mundo real, já é o 12º no ranking do metaverso, com 7.208 avatares ativos – uma escalada de dez posições em três meses. Angola também está no “top 100” do SL, em 76º lugar, com 102 avatares ativos.


 


Além das estatísticas por país, o relatório da Linden Lab aponta que o Second Life seguiu crescendo em junho – mas com menos força que em meses anteriores. O número total de usuários ativos, 495 mil, caiu 2,5% em relação a maio, enquanto a quantidade de horas gastas online baixou 5%, o menor índice em seis meses.


 


Nesta quinta-feira (12), o metaverso deve chegar à marca de 8 milhões de usuários cadastrados. O Second Life é um universo 3D interativo onde os usuários podem conversar com outras pessoas, construir, comprar e vender itens, dançar, jogar e realizar muitas outras atividades.