Teixeira desmente suposto acordo para encerrar CPI do Cachoeira

A principal investigação pendente está ligada às relações de Cachoeira com a Revista Veja e seu diretor da sucursal de Brasília, o jornalista Policarpo Jr. Gravações da Polícia Federal nas operações Vegas e Monte Carlo revelam intensos contatos entre Cachoeira e Policarpo para publicação de matérias favoráveis aos negócios do contraventor ou aos interesses políticos da revista.

Teixeira afirmou que a convocação do jornalista para depor na comissão será tema da próxima reunião administrativa do colegiado. A convocação já foi tentada duas vezes, mas acabou barrada por integrantes da comissão que fariam parte da chamada "bancada da Veja".

Insinuação

A matéria publicada pela Folha de S.Paulo diz ainda que os deputados estariam querendo encerrar a CPI antes se “elucidar o envolvimento de políticos no esquema do empresário”.

A insinuação implícita na matéria seria de que os trabalhos da comissão acabariam em pizza, sem repercussão política alguma. Entretanto, na avaliação de vários membros da CPI, essa conclusão omite o fato de que, embora o caso tenha eclodido a partir de investigação e ação da Polícia Federal, a cassação do ex-deputado Demóstenes Torres (sem partido-GO), em julho, decorreu também das investigações e repercussões da CPI.

O prazo para o encerramento da comissão é 4 de novembro. Sua prorrogação depois dessa data não cabe ao relator, deputado Odair Cunha (PT-SP), como sugere a matéria da Folha, mas depende do apoio de um terço da Câmara dos Deputados (171 parlamentares) e um terço do Senado (27 senadores).

Segundo uma fonte próxima ao relator Odair Cunha, a impressão é de que a reportagem da Folha “foi pautada por alguém realmente interessado que a CPI não apresente resultado”.

Fonte: Rede Brasil Atual