Luta por Direitos Humanos na Bolívia será tarefa árdua para Evo

A Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) reconheceu hoje, em um relatório, os esforços do presidente da Bolívia, Evo Morales, em garantir a defesa dos direitos humanos no país, mas considerou "árduo" o trabalho q

A tarefa de Morales "não é fácil diante das tensões sociais seculares, instituições frágeis, dos coronelismos fortes e de um processo constituinte para mudar o Estado", afirmou a organização.

O relatório da FIDH, intitulado "Bolívia: Entre a intimidação e a esperança, dificuldades para os defensores dos direitos humanos", foi elaborado por uma missão que concluiu sua pesquisa no país em agosto.

A FIDH garantiu que a reforma do Estado empreendida pelo presidente boliviano "deve reconhecer os direitos dos povos indígenas, a integridade dos direitos humanos e uma democracia realmente participativa, com o reconhecimento das autonomias regionais".

"Esperamos que, neste propósito, o governo reúna todos os defensores e defensoras dos direitos humanos na Bolívia, para que seja definido em comum um plano estatal de direitos humanos", explicou.

A organização denunciou "omissões" por parte de "diversas agências do Estado" no passado, citando também a "impunidade" de alguns setores privados, "que ameaçam, maltratam ou exercem outras ações hostis contra os defensores" dos direitos humanos.

O relatório destacou "as dificuldades para fazer o acompanhamento e apoio aos povoados e comunidades indígenas e camponesas em suas lutas e em defesa de seus direitos". "Acreditamos que o governo de Evo Morales contribuirá para pôr fim a estas práticas", reforçou.

Com agências internacionais