Mídia: uma campanha pelo marco regulatório

Em seminário realizado em São Paulo, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação anuncia campanha nacional por um novo marco regulatório para a mídia.

Encontro reúne mais de 100 blogueiros pelo direito à comunicação

A mídia patronal e conservadora acusam os que defendem um novo marco regulatório de restringir o direito de expressão e pretenderem impor a censura aos órgãos de comunicação. A campanha vai combater essas alegações e demonstrar que novas regras e um novo marco são necessários justamente ampliar a liberdade de expressão e para democratizar seu exercício no Brasil.

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), que vai coordenar a campanha, promoveu seminário sobre o tema na última sexta-feira (4), em São Paulo. A campanha vai envolver ações na internet e redes sociais, lançamento de vídeos e cartilha, manifestações nas ruas e atividades de divulgação. A primeira mobilização está prevista para junho, durante as atividades paralelas à Rio+20, no Rio de Janeiro.

O seminário do FNDC teve a participação de representantes de diversos partidos políticos. Para Miro Borges, do PCdoB e do Centro Barão de Itararé, a campanha vem num momento favorável, quando o governo Dilma "deixou de ser pautado pela mídia e a está pautando, com o enfrentamento do setor financeiro". Ele argumentou ainda que a credibilidade da grande mídia está arranhada, com o envolvimento da revista Veja com o escândalo de Carlinhos Cachoeira. "Pegaram o Bob Civita", ironizou Borges, referindo-se ao dono da Editora Abril, Roberto Civita.

A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), presidente da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação com Participação Popular (Frentcom), também defendeu a mobilização popular como estratégia para o sucesso da campanha. Um dos objetivos da campanha, propõe, deve ser a construção de um "projeto de lei estruturante de iniciativa popular", tratando da proposta de um marco regulatório para o sistema de comunicação social. "Seria um passo além, coletaríamos assinaturas e aí teríamos força e voz junto ao governo", propôs.

Com informações de Carta Maior e agência s