EUA pensam em permanecer indefinidamente no Iraque

A afirmação de Snow de que a Coréia do Sul pode servir de modelo para que as tropas americanas cumpram um papel de “apoio” possibilita novos questionamentos a respeito dos planos de Washington, afirmaram especialistas na mídia americana.

Ao ser indagado pelos jornalistas se as tropas americanas permanecerão no Iraque “para sempre”, o representante da Casa Branca deu respostas evasivas. “Não é necessariamente o casa”, disse.

Entretanto, completou, “os governos soberanos, tanto da Coréia do Sul, como de Bagdá, têm a opção de pedir aos Estados Unidos que retirem suas tropas”. “São eles que têm a decisão de por quanto tempo ficaremos lá”, agregou.

As declarações do porta-voz da administração Bush podem antecipar mais confrontos com os democratas no Congresso, que disseram recentemente que utilizarão todos os mecanismos legais possíveis para conseguir a retirada das forças do Estado árabe.

Pesquisas de opinião realizadas por mídias americanas evidenciam que uma grande parte dos iraquianos querem a retirada americana.

Embora manifestem o temor do aumento da violência após a saída das forças de ocupação, os iraquianos, ainda assim, favorecem essa saída.

Atualmente, a Casa Branca trata de usar as recomendações do Grupo de Estudos sobre o Iraque, para modificar de acordo com sua conveniência, o papel que desempenham os militares no Iraque, para que passem do combate ao trabalho de “instrução e assessoria”.

Segundo o secretário de Defesa, Robert Gates, “contemplamos um papel para as forças americanas, mais enfocado na instrução e equipamento das forças iraquianas”, afirmou.